Os recentes ataques criminosos no Ceará resultaram no fechamento de cinco provedores de internet, enquanto outros dez estão em processo de encerramento de atividades. A situação, que afeta diretamente o setor de telecomunicações, foi confirmada pela Associação dos Provedores do Ceará (Uniproce). Os episódios foram registrados em diversas cidades, incluindo Fortaleza, Caucaia, Caridade e São Gonçalo do Amarante. Em Fortaleza, bairros como Pirambu e Jacarecanga também foram afetados.
Os ataques, promovidos por facções criminosas, incluem vandalismo, destruição de estruturas e ameaças a funcionários. A GPX Telecom, uma das empresas afetadas, anunciou o encerramento de suas operações após ter suas instalações destruídas. A empresa destacou a gravidade da situação e pediu justiça diante dos atos de violência.
Além do impacto local, o fechamento dessas empresas pode gerar consequências para o setor de banda larga em nível nacional, já que pequenos provedores são responsáveis por uma parcela significativa do serviço no Brasil.
Desde fevereiro, episódios como a queima de veículos, a destruição de lojas de prestadoras e ameaças a funcionários têm sido registrados. O objetivo das facções criminosas é assumir o controle do serviço de telecomunicações em determinadas regiões. Para isso, elas intimidam provedores de internet, exigindo até 60% do faturamento das empresas como forma de evitar a interrupção de suas operações.
A Polícia Federal foi acionada para investigar os casos.