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Confusão marca aprovação de autarquia ambiental em Guaramiranga

Populares contrários ao projeto acusam a gestão municipal de tentar facilitar a aprovação de medidas que podem comprometer o meio ambiente, levantando suspeitas sobre uma possível flexibilização das regras ambientais para empreendimentos na região

Uma sessão tumultuada na Câmara Municipal de Guaramiranga, nesta quinta-feira, 21, terminou em confusão entre vereadores e a população durante a votação do projeto que cria a Autarquia Municipal do Meio Ambiente. Apesar dos protestos, a proposta foi aprovada por 5 votos a 4, gerando intensos debates e acusações.

O prefeito de Baturité, Herbelh Mota, esteve presente e foi apontado como peça-chave na vitória da esposa, a prefeita de Guaramiranga, Ynara Mota. Populares contrários ao projeto acusam a gestão municipal de tentar facilitar a aprovação de medidas que podem comprometer o meio ambiente, levantando suspeitas sobre uma possível flexibilização das regras ambientais para empreendimentos na região.

Durante a votação, a tensão tomou conta do plenário. Manifestantes entoaram palavras de ordem e discutiram com vereadores, obrigando a presidência da Casa a interromper a sessão algumas vezes. A segurança do local precisou intervir para conter a confusão.

A principal preocupação dos opositores é que a criação da autarquia transfere para o município a responsabilidade pelo licenciamento ambiental e fiscalização, que antes era de competência estadual. Para eles, isso pode abrir brechas para decisões menos rigorosas, facilitando projetos que impactem a preservação da região, conhecida por sua riqueza ambiental.

Disputa política e judicialização

A oposição já anunciou que pretende recorrer da decisão, alegando que o projeto pode comprometer a transparência e a rigidez dos processos de fiscalização ambiental. Já a Prefeitura defende a medida como um avanço para a autonomia do município, argumentando que a autarquia permitirá mais agilidade nos licenciamentos e no desenvolvimento econômico da cidade.

Com a polêmica instaurada, o embate deve continuar dentro e fora da Câmara, e a decisão pode acabar sendo levada à Justiça. Enquanto isso, moradores seguem divididos entre os que acreditam no progresso e aqueles que temem impactos ambientais irreversíveis.

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