Medicamento destinado ao tratamento de disfunção erétil em homens, a tadalafila – ou tadala, como foi apelidada – tem ganhado repercussão nas redes sociais e vem sendo associada à prática de exercícios físicos. Esses fatores contribuíram para que as vendas triplicassem no Ceará nos últimos cinco anos. No entanto, seu uso prolongado pode trazer riscos à saúde.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos), em levantamento encomendado pelo Diário do Nordeste, a tadalafila passou de pouco menos de 500 mil caixas em 2020 para quase 1,5 milhão em 2024.
O número de vendas cresceu ano após ano desde 2020. O maior salto, no entanto, foi de 2023 para 2024, quando o número passou de 981 mil caixas para 1,46 milhão.
Confira os números:
- 2020: 478.056
- 2021: 559.516
- 2022: 690.178
- 2023: 981.357
- 2024: 1.461.155
O que é tadalafila?
Disponível no mercado desde o início dos anos 2000, a tadalafila foi o primeiro medicamento de uso oral indicado para disfunção erétil com efeito que pode durar mais de 36 horas. Em razão de suas características, deve ser utilizado apenas sob prescrição médica.
O uso do medicamento deve ser aliado à estimulação sexual, de acordo com a fabricante. Sem isso, não há ereção.
Apesar de ser considerado seguro, o uso prolongado por jovens com o intuito de melhorar a performance pode causar uma “dependência psicológica”, ou seja, a ereção só ocorrerá se o remédio for tomado.