O café é a bebida que acompanha milhões de brasileiros do início do dia até a hora do jantar. Em 2024, o consumo per capita ultrapassou 6,1 kg por pessoa ao ano, um reflexo da forte presença da bebida no cotidiano dos brasileiros. Porém, os ortopedistas da Cooperativa dos Médicos Traumatologistas e Ortopedistas do Estado do Ceará (Coomtoce) alertam: o seu consumo excessivo pode ameaçar a saúde dos ossos.
De acordo com a Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), a ingestão elevada de cafeína pode reduzir a densidade mineral óssea, aumentando o risco de osteoporose e fraturas, especialmente em idosos e mulheres na pós-menopausa. O ortopedista Vandick Queiroz explica que “a cafeína interfere na absorção de cálcio pelo organismo, um mineral essencial para a manutenção da saúde óssea. Com o tempo, isso pode resultar em ossos mais frágeis e propensos a fraturas”.
Três xícaras por dia
O especialista destaca, ainda, que o consumo de mais de 400 mg de cafeína por dia já pode ser considerado arriscado. “Estudos apontam que essa quantidade está associada a uma maior perda óssea. O ideal é não ultrapassar três xícaras médias por dia e para quem já tem predisposição a problemas ósseos, como osteoporose, a recomendação é ainda mais rigorosa.”, sugere o Dr. Vandick Queiroz.
Para quem não abre mão do cafezinho diário, o Dr. Vandick Queiroz dá uma dica: “É importante equilibrar o consumo de café com uma dieta rica em cálcio e vitamina D. Além disso, praticar atividades físicas regulares, como a musculação e a caminhada, também ajuda na manutenção da densidade óssea. Isso é, consumir com moderação é a melhor pedida”, finaliza.