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Sem consenso em audiência, reitor da Uece reconhece que 371 disciplinas estão sem professor

Na audiência, Hidelbrando anunciou que a gestão deve realizar um novo Censo do Déficit de professores efetivos na Uece para atualizar a necessidade real

Foto: Divulgação/Uece

A audiência pública marcada para discutir a carência de professores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) terminou sem acordo, na manhã dessa quarta-feira, 4. A informação foi divulgada pelo Diário do Nordeste.

O reitor da instituição, Hidelbrando Soares, reconheceu que pelo menos 371 cadeiras do semestre 2025.1 estão sem professor, o equivalente a 10,7% de todas as disciplinas ofertadas no período. Para a Uece, no entanto, são necessários cerca de 140 professores efetivos, enquanto o Sindicato discorda e estima um número superior a 500.

O Governo do Ceará segue convocando os aprovados no último concurso da instituição. De acordo com o reitor, foram chamados 305 profissionais. O certame contou com 365 vagas.

Diante da situação vivida pela Uece, a solução adotada tem sido a contratação de professores temporários através de seleções. Uma nova deve ser realizada neste semestre, com previsão para preenchimento até 2026.

Na audiência, Hidelbrando anunciou que a gestão deve realizar um novo Censo do Déficit de professores efetivos na Uece para atualizar a necessidade real após a inclusão dos novos concursados, aposentadorias, exonerações e falecimentos.

Como resultado da audiência, representantes da Universidade e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) afirmaram não ter autoridade para firmar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), instrumento que viabilizaria a convocação de novos professores. Alegaram ainda que só tomaram conhecimento do conteúdo do documento durante a própria reunião, e pediram prazo adicional para analisá-lo com mais profundidade. Também propuseram a criação de um grupo de trabalho, com a participação da Casa Civil e da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), para avaliar a real necessidade de pessoal na Universidade.

Diante disso, a discussão foi anexada ao inquérito civil que apura a carência de docentes na instituição.

O Sinduece, por sua vez, solicitou o envio de um ofício ao governador, com a exigência de um plano de ação urgente, contemplando quatro medidas:

  1. Convocação imediata dos aprovados em cadastro de reserva, com base no Censo de Carência da própria Uece;
  2. Proposta de uma PEC à Assembleia Legislativa para garantir autonomia universitária;
  3. Criação de novos cargos efetivos;
  4. Realização de um novo concurso para suprir as vagas não preenchidas pela convocação atual.

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