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Déficit de profissionais de enfermagem afeta atendimento em postos de saúde de Fortaleza

Ao mesmo 15 postos de saúde da Capital somam, atualmente, a necessidade de 21 enfermeiros e 10 técnicos de enfermagem para suprir a demanda e garantir o funcionamento pleno das equipes de atenção básica

Foto: Divulgação/Pref. de Fortaleza

A falta de profissionais de enfermagem tem comprometido o atendimento em diversas unidades de saúde de Fortaleza. A denúncia é feita por trabalhadores da rede, representantes de entidades da categoria e usuários do sistema municipal, que relatam atrasos e cancelamentos em serviços essenciais, como curativos, vacinação e atendimento emergencial. A informação é do Diário do Nordeste.

Ao mesmo 15 postos de saúde da Capital somam, atualmente, a necessidade de 21 enfermeiros e 10 técnicos de enfermagem para suprir a demanda e garantir o funcionamento pleno das equipes de atenção básica.

Entre os postos afetados, estão unidades em todas as regionais da cidade, como o Zélia Correia (Regional 5), com déficit de três enfermeiros; o Edilmar Norões (Regional 6), que precisa de três enfermeiros e um técnico; e o Ivana de Souza Paes (Regional 3), onde faltam quatro enfermeiros. Em alguns casos, a ausência de pessoal levou até ao fechamento temporário de salas de vacinação.

De acordo com uma fonte que atua em uma das unidades afetadas, muitos contratos temporários firmados por meio de seleção pública chegaram ao fim em dezembro de 2024 e não foram renovados pela gestão municipal anterior. A atual administração renovou somente os contratos com validade para 2025 e que tiveram anuência dos profissionais.

Além disso, ainda segundo a mesma fonte, a convocação dos aprovados no concurso da extinta Fundação de Apoio à Gestão Integrada em Saúde de Fortaleza (Fagifor) tem sido feita de forma insuficiente. “Os postos ficaram com muitas vagas ociosas, principalmente nas equipes de Saúde da Família, e os serviços foram comprometidos”, relatou.

Com a ausência de enfermeiros, atividades básicas deixam de ser realizadas. Técnicos de enfermagem, por norma, não podem atuar de forma autônoma, sendo necessária a supervisão direta de um enfermeiro para procedimentos como vacinação, curativos, testes do pezinho e verificação de sinais vitais.

“Sem a enfermeira, a equipe não consegue fazer a coleta de exames, o atendimento inicial a pacientes com queixas agudas e nem acompanhar adequadamente gestantes e crianças. A sala de vacina fica sem funcionar, e o médico acaba sobrecarregado”, detalhou a profissional.

Outro efeito prático do déficit é a limitação das ações domiciliares realizadas pelas Equipes de Saúde da Família. Em bairros onde há ausência de profissionais nas equipes, exames preventivos de câncer, testes rápidos de ISTs e orientações de saúde deixam de ser feitos.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que já convocou mais de 1.400 concursados da Fagifor para compor a rede, dos quais 992 são da área da enfermagem. A pasta também afirmou que novas convocações estão previstas, mas não apresentou prazos para isso.

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