Mais da metade da população brasileira avalia de forma negativa o desempenho dos parlamentares que compõem o Congresso Nacional. É o que revela a mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta segunda-feira, 21. Segundo o levantamento, 51% dos entrevistados desaprovam o trabalho desenvolvido pelos deputados e senadores. Por outro lado, 42% demonstraram aprovação, enquanto 7% preferiram não opinar.
A sondagem ouviu 2.004 pessoas em todas as regiões do país, entre os dias 10 e 14 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Aprovação varia conforme religião, escolaridade e ideologia
O estudo também mostra que a percepção sobre o Congresso varia de acordo com fatores como religião, nível de escolaridade e posicionamento político.
Entre os católicos, 45% aprovam a atuação parlamentar, contra 48% que desaprovam. Já entre os evangélicos, a aprovação cai para 42%, enquanto a desaprovação sobe para 49%. Os percentuais de indecisos ou que não responderam foram de 7% e 9%, respectivamente.
O grau de instrução também impacta a avaliação. Pessoas com até o ensino fundamental apresentaram maior índice de aprovação (45%) e menor rejeição (43%). A tendência se inverte à medida que a escolaridade aumenta: entre os que têm ensino superior completo, a aprovação recua para 38%, enquanto a desaprovação chega a 59%.
Divisão ideológica reflete na avaliação
As preferências políticas dos entrevistados também influenciam diretamente na percepção do Congresso. Entre os eleitores que se identificam como lulistas ou petistas, o índice de aprovação é o mais alto: 61%, frente a 34% de desaprovação.
Por outro lado, entre os que se dizem bolsonaristas, apenas 35% aprovam o desempenho do Legislativo, enquanto 60% desaprovam. Já entre aqueles que se posicionam mais à esquerda, mas não se identificam como petistas, a aprovação cai para 37%. A mesma taxa é registrada entre os que não possuem posicionamento político definido. Entre os simpatizantes de direita, mas que não se dizem bolsonaristas, 43% aprovam e 51% desaprovam.
