Home Wanderley Barbosa Reflexão sobre o Dia do Agricultor: gratidão aos nossos verdadeiros heróis

Reflexão sobre o Dia do Agricultor: gratidão aos nossos verdadeiros heróis

É uma profunda contradição social que aqueles que garantem o mais essencial – nossa segurança alimentar – sejam tão invisibilizados, enquanto nossa atenção e aplausos se voltam avidamente para figuras efêmeras dos reality shows e das redes sociais

Foto: Divulgação/Contag

Em 28 de julho, celebramos o agricultor e a agricultora: verdadeiros heróis anônimos cujo suor e resiliência sustentam a vida em nossa sociedade, mas que permanecem, com trágica injustiça, esquecidos nas sombras do cotidiano. Enquanto nos sentamos à mesa fartos, raramente nos recordamos das mãos calejadas que plantaram, colheram e cuidaram de cada grão, de cada fruta, de cada alimento que nos nutre. São homens e mulheres que labutam “de sol a sol”, enfrentando intempéries, incertezas e a dura realidade do campo, frequentemente com pouco reconhecimento e menos ainda com retribuição justa.

É uma profunda contradição social que aqueles que garantem o mais essencial – nossa segurança alimentar – sejam tão invisibilizados, enquanto nossa atenção e aplausos se voltam avidamente para figuras efêmeras dos reality shows e das redes sociais, cujas contribuições palpáveis para o bem comum são, na melhor das hipóteses, questionáveis.

Esta data, que deveria ser um marco de celebração e gratidão nacional, passa quase despercebida, espelhando o crônico esquecimento que atinge esses trabalhadores essenciais. Urge um reequilíbrio de valores. A imprensa, como formadora de opinião, tem papel crucial: precisa reduzir drasticamente os espaços inflados dedicados à violência e à politicagem estéril, redirecionando seu foco para celebrar e informar sobre os verdadeiros pilares produtivos de nossa sociedade. Dar visibilidade ao trabalho digno, às inovações no campo, aos desafios enfrentados e às histórias de vida desses agricultores não é apenas um ato de justiça; é uma necessidade vital para reorientarmos nosso olhar coletivo rumo ao que verdadeiramente importa e constrói uma nação.

Afinal, são esses trabalhadores, tão indispensáveis quanto negligenciados, que nos alimentam. O mínimo que podemos fazer é reconhecê-los, valorizá-los e, sobretudo, proclamar com convicção: Obrigado, homens e mulheres do campo!

Deixe seu comentário:

Please enter your comment!
Please enter your name here