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Atos pró-Bolsonaro mostram força da base, mas expõem limites do bolsonarismo no cenário atual

O saldo dos atos é um pouco ambíguo. Por um lado, mostram que Bolsonaro ainda tem seguidores fiéis e parlamentares com bom alcance nas redes. Por outro, deixam claro que essa força tem limites, especialmente quando falta uma pauta unificadora

Foto: Reprodução/TV Globo

Os atos realizados no domingo em defesa de Jair Bolsonaro foram menores do que o esperado em várias cidades do país.

Em Fortaleza, a movimentação serviu como um reencontro da oposição, com figuras como André Fernandes e Capitão Wagner (União Brasil) marcando presença. Apesar disso, o evento não atraiu nomes que vêm se aproximando da direita, como Roberto Cláudio, que optou por não participar.

Em outras capitais, o esvaziamento foi ainda maior, anunciado inclusive pelos próprios aliados, como o Pastor Silas Malafaia, que reclamou da ausência de nomes de governadores da direita com pretensões presidenciais, como Tarcísio (Republicanos), Caiado (União Brasil), Zema (Novo) e Ratinho Júnior (PSD).

A ausência do próprio Bolsonaro, impedido de participar por decisão do STF, também pesou. Além disso, a escolha de pautas que incluem a defesa de Donald Trump e críticas ao sistema judiciário brasileiro pode ter dividido até mesmo eleitores que se identificam com a direita, mas não concordam com o tom mais radical.

Mesmo com os desfalques, os organizadores e parlamentares bolsonaristas avaliam que a militância continua ativa e disposta a ir às ruas. Mas há um limite.

A recente pesquisa do Datafolha mostra que 61% dos eleitores rejeitam candidatos que defendem a anistia de Bolsonaro. Ou seja, mobilizar é importante, mas reconquistar a maioria do eleitorado será um desafio e tanto.

O saldo dos atos é um pouco ambíguo. Por um lado, mostram que Bolsonaro ainda tem seguidores fiéis e parlamentares com bom alcance nas redes. Por outro, deixam claro que essa força tem limites, especialmente quando falta uma pauta unificadora, nomes de peso nos carros de som e uma estratégia que vá além da base mais radical.

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