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Alece aprova manifesto em favor da economia e do povo do Ceará

O documento, de autoria do presidente da Casa, deputado Romeu Aldigueri (PSB), foi lido pelo presidente em exercício da Alece, deputado Danniel Oliveira (MDB)

Foto: Junior Pio/Alece

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) aprovou, na manhã desta terça-feira, 5, com 31 votos favoráveis, um manifesto em favor da economia e do povo do Ceará, em resposta à imposição de taxa de 50% do governo norte-americano aos produtos brasileiros. O documento, de autoria do presidente da Casa, deputado Romeu Aldigueri (PSB), foi lido pelo presidente em exercício da Alece, deputado Danniel Oliveira (MDB).

O texto repudia a ordem executiva assinada na quarta-feira, 30, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que oficializa a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Quase 45% dos produtos exportados pelo Ceará em 2024 tiveram como destino os Estados Unidos, com destaque para os produtos de aço, pescados, castanhas e pás eólicas.

MANIFESTO EM FAVOR DA ECONOMIA 

“Em respeito a todos os cearenses, repudio a unilateralidade do Governo dos EUA, cujo resultado será de perda de empregos, desmonte de cadeias produtivas e desconstrução de setores que demoraram anos para montar a logística necessária a fim de estruturar suas operações.

O Estado do Ceará tem surpreendido o Brasil com convergências que construíram a melhor educação pública do País, além de um turismo competitivo, uma infraestrutura cuja evolução é inegável, um debate democrático civilizado, uma integração entre poder público e iniciativa privada pautada no republicanismo, o surgimento de líderes nacionais e outros frutos que somente podem nascer em terras que priorizam a vontade coletiva em detrimento da pessoal.

Atitudes que se refletem em um mercado saudável e pujante, agregador e voltado para nossas necessidades de crescimento só são possíveis em ambiente de paz, inclusive comercial. Porém, o Brasil, exímio e inquestionável defensor do multilateralismo, é penalizado por um tarifaço em virtude do voluntarismo do presidente americano, que, motivado por razões incompreensíveis, sanciona o País, atingindo de forma cruel um estado pobre que luta há décadas para entregar o melhor para seu povo.

Relações diplomáticas devem ser fundamentadas em diálogo e técnica. Jamais na chantagem e opressão. O Ceará é parte de uma nação lutadora, de uma brava gente, com separação entre poderes, com história de superação, e não baixará a cabeça jamais para a injustiça, o autoritarismo e os ataques a sua soberania e sua gente.

Portanto, somo minhas forças ao Estado, à União, ao setor produtivo e a diversas instituições, para defender os setores mais atingidos, a exemplo de pescados, castanhas de caju, água de coco, cera de carnaúba, couros e calçados, para encontrar soluções. Porque não aceitamos ameaças. Nunca”.

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