Home 1 Minuto com Sérgio Machado Violência em Quixeramobim: tragédia, cobranças e a urgência de respostas

Violência em Quixeramobim: tragédia, cobranças e a urgência de respostas

Mais que prisões, precisamos de prevenção. Isso passa por medidas como melhor iluminação pública, câmeras de vigilância, campanhas educativas, fortalecimento de políticas sociais e acompanhamento das vítimas de violência doméstica. Segurança pública não é apenas repressão: é cuidado, é prevenção, é dignidade

Foto: Google Maps

Na noite desta quinta-feira, 25, mais uma jovem foi encontrada sem vida em Quixeramobim. Um episódio que entristece e revolta, e que nos faz refletir sobre o cenário da segurança pública em nosso município. A dor da família e dos amigos se soma ao clamor da sociedade: não podemos aceitar que vidas sejam ceifadas dessa forma.

É preciso destacar que os servidores públicos da segurança, policiais civis e militares, têm se empenhado dentro das condições que possuem. As recentes prisões por tentativas de feminicídio, violência doméstica, tráfico de drogas, homicídios e até de agiotas mostram que a polícia atua e responde com firmeza quando acionada. Esse esforço é reconhecido por todos nós. Mas, ao mesmo tempo, sabemos que a estrutura ainda é insuficiente diante da realidade que enfrentamos.

O Sistema Maior de Comunicação, ao longo dos últimos anos, vem cobrando incansavelmente melhorias concretas: a instalação de uma delegacia permanente, funcionando inclusive nos finais de semana, e a efetivação de uma delegacia da mulher com equipe especializada e atendimento adequado.

Em março deste ano, foi anunciada a criação da primeira Delegacia 24 horas de Quixeramobim, além da instalação da 4ª Companhia da Polícia Militar. São avanços promissores, mas que precisam sair do papel e, sobretudo, funcionar plenamente. Não basta a promessa: a população exige a realidade.

A violência contra mulheres tem sido recorrente. Casos de descumprimento de medidas protetivas, tentativas de feminicídio e homicídios revelam a urgência de políticas mais amplas: desde o atendimento rápido da polícia até a proteção social, psicológica e jurídica às vítimas. Cada jovem assassinada é um alerta doloroso de que o sistema falhou.

É por isso que esse apelo não pode se limitar a uma nota de lamento. Ele precisa chegar ao governador do Estado, aos secretários de segurança, à Assembleia Legislativa, aos deputados federais e senadores. A sociedade de Quixeramobim precisa de respaldo institucional e de investimentos reais em segurança.

Mais que prisões, precisamos de prevenção. Isso passa por medidas como melhor iluminação pública, câmeras de vigilância, campanhas educativas, fortalecimento de políticas sociais e acompanhamento das vítimas de violência doméstica. Segurança pública não é apenas repressão: é cuidado, é prevenção, é dignidade.

Chegou a hora de transformar dor em ação. O caso desta jovem não pode ser apenas mais um número nas estatísticas. Que sua memória seja a força que nos impulsiona a exigir mudanças. Que as autoridades cumpram o papel que lhes cabe, com urgência, transparência e compromisso.

O Sistema Maior de Comunicação reafirma: continuará cobrando, fiscalizando e dando voz à população. Porque cada vida importa. Porque não podemos normalizar a violência. Porque Quixeramobim merece viver em paz.

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