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Um avanço que salva vidas: o SUS mais perto de quem mais precisa

Essas medidas representam mais do que políticas públicas. Representam esperança. São um lembrete de que a saúde pública brasileira, apesar dos desafios, continua sendo um exemplo de cuidado coletivo e solidariedade. O câncer não escolhe endereço, mas o Estado tem a obrigação de garantir que o tratamento chegue a todos, inclusive aos que vivem longe dos grandes centros

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Brasil dá um passo importante no cuidado com quem enfrenta uma das maiores batalhas da vida: o câncer. O Ministério da Saúde acaba de criar um auxílio exclusivo para pacientes que precisam viajar para realizar sessões de radioterapia. A medida garante recursos para transporte, alimentação e hospedagem, assegurando que ninguém deixe de se tratar por falta de condições de deslocamento ou acolhimento. Cada paciente e seu acompanhante terão direito a R$ 150 para refeições e hospedagem e mais R$ 150 por trajeto. É o SUS cumprindo, na prática, seu papel de garantir acesso e dignidade.

No Brasil, a distância média até um centro de radioterapia chega a 145 quilômetros. Isso significa que, além da dor e do medo, muitos pacientes precisavam enfrentar a estrada, o cansaço e a incerteza de como bancar cada viagem. O novo benefício, dentro do programa Agora Tem Especialistas, representa mais que um apoio financeiro, é um gesto de humanidade e compromisso. Como disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, “estamos fazendo o maior Outubro Rosa da história dos 35 anos do SUS”, e o objetivo é construir a maior rede pública de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer no país.

Outro ponto relevante é a reorganização do financiamento da radioterapia. Agora, quanto mais pacientes atendidos, mais recursos serão repassados aos serviços, estimulando a ampliação do atendimento e a eficiência no uso dos equipamentos. O governo também vai premiar os centros que atingirem maior produtividade, o que pode acelerar o tratamento de milhares de pessoas em todo o país. Além disso, haverá um incentivo para que clínicas privadas disponibilizem pelo menos 30% de sua capacidade ao SUS por três anos. É uma parceria inteligente e necessária para ampliar o acesso onde o sistema público ainda não consegue chegar sozinho.

Mas as boas notícias não param aí. O Ministério da Saúde também vai financiar 100% dos medicamentos oncológicos utilizados no SUS. A nova Assistência Farmacêutica Oncológica garante o custeio federal integral, centraliza compras e reduz os preços em até 60%, tornando possível ampliar o acesso a tratamentos modernos e eficazes. Essa política nacional permite que o país invista mais e melhor, com transparência, economia e equidade entre as regiões.

Tudo isso faz parte de um pacote robusto que inclui investimento anual de R$ 2,4 bilhões para ampliar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento do câncer, formação de novos médicos especialistas, uso de telessaúde e entrega de novos aceleradores lineares, equipamentos fundamentais para a radioterapia. Até 2026, o SUS contará com 121 novos aparelhos, o que garantirá tratamento para mais de 84 mil pacientes a cada ano.

Essas medidas representam mais do que políticas públicas. Representam esperança. São um lembrete de que a saúde pública brasileira, apesar dos desafios, continua sendo um exemplo de cuidado coletivo e solidariedade. O câncer não escolhe endereço, mas o Estado tem a obrigação de garantir que o tratamento chegue a todos, inclusive aos que vivem longe dos grandes centros.

O que vemos agora é o SUS se fortalecendo e reafirmando sua vocação: estar onde o povo está. E, nesse caso, estar mais perto pode significar salvar vidas.

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