As eleições de 2026 ainda parecem distantes no calendário. Na prática, porém, já estão em pleno andamento no Brasil e no Ceará. O ambiente político escancarado nas redes sociais revela um cenário cada vez mais acirrado. Ataques pessoais, desinformação e disputas vazias seguem tomando o lugar do debate qualificado. A polarização se tornou combustível para agressões digitais e discussões em cada esquina, físicas ou virtuais, que pouco contribuem para a construção de um futuro melhor.
O que vemos até agora é uma guerra de narrativas. Figuras nacionais e regionais já se movimentam com intensidade para garantir espaço, visibilidade e fidelidade dos seus grupos. Mas falta o essencial: propostas.
Neste momento ainda não há clareza sobre quais projetos cada liderança pretende apresentar para o desenvolvimento do país e do nosso Estado.
No Ceará, a disputa também se antecipa. Governos e pré-candidaturas testam discursos e alianças. Porém, o eleitor cearense quer resultados concretos. Os próximos dois anos serão decisivos para o enfrentamento de temas que não podem ser ignorados:
- Segurança pública. O avanço das facções e a violência crescente exigem respostas urgentes e estruturantes.
- Geração de emprego e renda. Especialmente no interior, que continua aguardando uma revolução econômica realmente inclusiva.
- Infraestrutura e estradas. Rodovias estaduais se deterioram rapidamente, levantando dúvidas sobre qualidade das obras e fiscalização dos recursos.
- Educação conectada ao mercado. O jovem precisa sair da escola com profissão, perspectiva e dignidade.
- Saúde pública eficiente. Além de estrutura, falta gestão que garanta atendimento rápido e humanizado.
O Brasil mudou. O Ceará mudou. E o eleitor mudou. A política feita apenas de palanque, frases de efeito e ataques aos adversários não cabe mais em uma sociedade que exige coerência, planejamento e resultados.
Que as lideranças, no Ceará e em Brasília, entendam que 2026 será decisivo para o rumo do desenvolvimento. A população está cansada do discurso inflamado e vazio. O que se espera agora é quem será capaz de apresentar o que realmente importa: um projeto sólido, sustentável e transparente para o futuro.
A corrida já começou. O eleitor está atento. E o Brasil não pode perder mais tempo.
