Não era a lírica rosa sem odor
que o burguês ostenta na lapela.
Não era rosa de enfeitar janela
na casa grande de nenhum senhor.
Domesticada, essa não era ela.
Uma Rosa outra, que fora plantada
no chão do grito, no porão da dor.
Teimosa Rosa: brotou na geada,
na noite escura fez-se alvorada
e em toda praça a Rosa florou.
Rosa “do povo como o céu é do condor”.
Ricardo Alcântara
Escritor e publicitário
Rosa da Fonseca, ex-vereadora de Fortaleza e ex-presa política na ditadura militar, morreu nesta quarta-feira, 1º, aos 73 anos. Ela nasceu em Quixadá, município do interior do Ceará, em 24 de abril de 1949.
Maravilhosa Rosa do povo. Vá em paz.