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Reservatórios do Ceará alcançam 50% da capacidade total, melhor cenário em quase 11 anos

Chegou a 50% o acumulado hídrico nos reservatórios do Ceará. A última vez que o Estado registrou esse número foi há quase 11 anos. A boa notícia é resultado de chuvas acima da média em todo o Ceará, que aumentaram o nível dos reservatórios e ajudaram a recuperar o volume de açudes em regiões que vinham sofrendo com os anos seguidos de baixas reservas hídricas.

De acordo com a classificação da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), ao atingir o patamar de 50%, o Estado passa para a situação “confortável”.

O secretário dos Recursos Hídricos, Robério Monteiro, avalia a situação como histórica, mas requer cautela. “Após uma sequência de anos de seca, onde a gestão hídrica do Ceará precisou realizar um trabalho minucioso para que todos os municípios continuassem sendo abastecimentos, ter dois anos seguidos de bons aportes é de se agradecer muito. O ano de 2023 atingiu números que há muitos anos não se comemoravam. Mas, precisamos ter parcimônia, pois o Ceará é um Estado irregular na distribuição de chuvas, e essa água deve ser armazenada para garantir os anos seguintes”.

O cenário é positivo, entretanto, deve ser levada em consideração a situação diferenciada nas Bacias Hidrográficas. As regiões do Curu, Médio Jaguaribe e Sertão de Crateús, por exemplo, acumulam reservas na casa dos 30%. Já Acaraú, Litoral, Bacias metropolitanas e Coreaú estão em situação “muito confortável”, com reservas acima de 70%.

As boas chuvas que caíram no Estado ajudaram a encher reservatórios que não enchiam há mais de uma década. Foi o caso dos açudes Fogareiro e da barragem de Quixeramobim, no Sertão Central, e São José III, em Ipaporanga, Desterro, em Caridade, e Vieirão, em Boa Viagem, são outros dois exemplos.

Do início do ano de 2023 até o momento, 70 açudes cearenses já sangraram dos 157 monitorados.

O diretor de Planejamento da Cogerh, João Lúcio Farias, analisa que o cenário é melhor, se comparado a anos anteriores, e reforça a necessidade de continuar economizando água, “devido ao clima semiárido ao qual o Estado está inserido”, explicou.

Repórter Ceará (Foto: Reprodução/Cogerh)

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