Não se fala em outra coisa nesses últimos dias no jargão político cearense, que não seja acerca da cassação de quatro parlamentares do Partido Liberal (PL), segundo a ação proposta, ocorreu fraude na cota destinada às mulheres.
A legislação obriga que as agremiações partidárias reservem cerca de 30% de suas candidaturas às mulheres. O restante das vagas serão compostas por homens.
Pois bem, os partidos têm encontrado dificuldades em lançar mulheres às eleições, sejam municipais e/ou estaduais. Embora exista toda uma campanha nesse sentido, mas na prática, não avançou como se deseja.
Assim, os partidos se viram como podem, vez que sem mulheres, o número de homens que devem ser registrados nas convenções, também diminui, principalmente nos últimos anos, vez que proibiram coligações proporcionais.
Um detalhe do julgamento, é que no voto divergente de uma juíza eleitoral, ela citou várias irregularidades, ou seja, “as candidatas gastaram pouco; tiveram pouco votos e não utilizaram as redes sociais para fazerem propagandas”.
Não constam na legislação essas três obrigações, principalmente ter muitos votos, afinal, já dizia Chico de Manduca: “quem é besta vira suplente”.
Mas esse tema nos remete ao icoense Flávio Comédia:
– Flávio, por que o açude de Lima Campos não sangrou ainda?
“Porque falta água”.
Ora bolas, faltaram os votos às suplentes mulheres do PL, caro Carmelo.
Bom dia caro colunista Fabricio Moreira. O caso é bem mais complexo do que a visão simplista apresentada no seu artigo. A questão é que a maioria dos partidos politicos não aplicam a lei das citas como deveria, não tem interesse em promover as mulheres na politica como fazem com os homens. Não há interesse na poluida classe politica, basta ver a representação nas casas legislativas Brasil afora.