As eleições para a Assembleia Legislativa ou para as Câmaras Municipais sempre foram palco de demonstração de forças, seja pelos caciques políticos ou pelos habilidosos estrategistas de bastidores, como se diz no jargão político.
Confiança e traição, nesses contextos, são cúmplices ou, para alguns, irmãs gêmeas. No passado não tão distante, principalmente em votações secretas, estratégias mais primitivas foram usadas. Um exemplo é o de candidatos à presidência que, para garantir a maioria dos votos, isolavam os parlamentares em locais desconhecidos, sem divulgar o endereço, liberando-os apenas no dia do pleito.
Mais rudimentar do que isso, impossível. O jogo de sedução política, onde o “sim” pode significar “não” e o “não” pode ser “sim”, transforma tudo em muita surpresa e incertezas. É cada um por si nos cenários até o Dia D.
Recentemente, o jornal O Povo noticiou que o senador Cid Gomes não teria sido convidado para participar das articulações relacionadas às eleições da Assembleia Legislativa do Ceará (ALECE). O fato foi confirmado por ele publicamente. Em seguida, além de O Povo, o jornalista Donizete Arruda, Avança Ceará e o Portal de Notícias do Edson Silva, também divulgaram que o senador teria rompido com o grupo governista.
Porém, não há declaração oficial do Governador Elmano, do Ministro Camilo Santana ou do próprio Cid, confirmando esse rompimento. E, três dias após o suposto afastamento, também não houve nenhuma negativa sobre o assunto.
As cartas foram colocadas na mesa, e os recados enviados — seja pelos Correios, pelos aliados dos líderes ou pela turma do “deixa disso”. Talvez “amanhã seja um novo dia”, de paz e reconciliação, revelando que tudo não passou de um mal-entendido noticiado pela mídia.