O Ceará alcançou, em 2024, a segunda maior proporção de alunos do ensino médio em tempo integral do país, segundo dados do Censo Escolar. Com 44,6% das matrículas nessa modalidade, o estado fica atrás apenas de Pernambuco e se posiciona bem acima da média nacional, que é de 23,1%.
O dado reafirma uma trajetória de crescimento contínuo e mostra que o ensino em tempo integral se consolidou como uma prioridade das políticas públicas cearenses. Não é à toa que o ministro da Educação do Brasil, Camilo Santana (PT), divulga aos quatro ventos a qualidade de ensino do Ceará.
A meta do governo de Elmano de Freitas (PT) é ousada: atingir 100% da rede estadual com tempo integral até 2026. Para isso, será necessário acelerar a construção de novas escolas e a conversão das unidades regulares já existentes.
Hoje, muitos municípios ainda enfrentam limitações de infraestrutura, principalmente nas áreas mais afastadas dos centros urbanos, nos interiores. O desafio, portanto, é equilibrar o avanço quantitativo com a garantia de qualidade e equidade.
A expansão do tempo integral é vista por especialistas como um caminho efetivo para melhorar o desempenho dos estudantes, reduzir desigualdades e aumentar as oportunidades de acesso ao ensino superior. No Ceará, esse modelo já tem impacto direto nos bons resultados do estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), em avaliações nacionais e na redução da evasão escolar.
O avanço é um ponto positivo e merece destaque, mas precisa ser acompanhado de políticas que assegurem formação continuada dos professores, alimentação escolar adequada e investimento na permanência dos alunos.
O caminho está bem traçado, e o Ceará tem mostrado que é possível investir com planejamento e foco nos resultados. A meta de universalizar o ensino médio em tempo integral até 2026 é ambiciosa, mas, se mantido o ritmo, é viável e transformadora. Ponto positivo para a educação cearense.