Banabuiú, no Sertão Central, recebeu no último sábado, 12, a segunda edição do Café Atípico, evento idealizado pela terapeuta ocupacional Kelly Santiago e promovido em alusão ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A iniciativa contou com o apoio de patrocinadores locais e parceiros comprometidos com a causa da inclusão e do respeito às neurodivergências.
O Café Atípico é um projeto voltado ao acolhimento de mães e famílias atípicas, oferecendo um espaço seguro para o compartilhamento de vivências, desafios e aprendizados relacionados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). A proposta é criar pontes entre familiares, profissionais da saúde e pessoas autistas, promovendo o diálogo e fortalecendo a rede de apoio.
Nesta edição, a programação contou com duas palestras conduzidas por profissionais da área. Rejane Castelo abordou o tema “Crianças e baixa tolerância à frustração: estratégias práticas para uma ação bem-sucedida”, oferecendo orientações valiosas para lidar com comportamentos desafiadores no cotidiano. Em seguida, Emília Parente apresentou a palestra “Autismo e acolhimento: diálogos necessários para a inclusão na prática”, destacando a importância de atitudes inclusivas no convívio familiar e social.
Um dos momentos mais emocionantes do evento foi o depoimento da convidada especial Ana Oliveira, que compartilhou sua experiência com o diagnóstico tardio de autismo e sua vivência como mãe atípica. Seu relato tocou o público e evidenciou a relevância de iniciativas como o Café Atípico para dar visibilidade às múltiplas formas de ser e existir.
“Acreditamos que, quando dividimos experiências, multiplicamos coragem. Ao reunir famílias, profissionais e pessoas autistas em um ambiente de acolhimento e respeito, combatemos o preconceito, ampliamos o entendimento sobre o TEA e reforçamos a empatia e a transformação social”, destacou Kelly Santiago, idealizadora do projeto.
Gratuito e aberto ao público, o evento foi realizado no Espaço Bacana Eventos e teve como público-alvo principal mães atípicas da região. O sucesso da iniciativa reforça a urgência de ações contínuas voltadas à inclusão, à escuta sensível e à valorização das vivências autistas, especialmente nos contextos do interior do estado.