Essa superfederação União Progressista já está dando o que falar. No papel, a ideia é juntar forças, criar um bloco robusto de oposição ao governo federal. Mas, na prática, a coisa não é tão simples como parece.
Tem muito deputado dessas duas siglas, União Brasil e Progressistas, que hoje dão apoio direto ou indireto ao Planalto. Como é que eles vão conciliar a linha de oposição da federação com os acordos já firmados em Brasília?
Aqui no Ceará, a confusão pode ser ainda maior. Se fala que o Capitão Wagner pode assumir a presidência da nova legenda unificada. Seria uma forma de dar fôlego à sua liderança, de olho em 2026. Mas, será mesmo que esse arranjo vai pra frente?
Dentro dos partidos há disputas locais fortes, e Capitão Wagner, apesar de ter base consolidada, ainda enfrenta resistência em alguns setores.
Outro ponto que não dá pra deixar de lado é o nome de Ciro Gomes. Tem gente especulando que a superfederação pode tentar atrair Ciro, ou pelo menos manter diálogo com ele. Mas, será que Ciro, com seu estilo e seu histórico, toparia se juntar a esse bloco?
O impacto nacional é evidente. União e PP juntos formariam uma bancada pesada no Congresso, com poder de influenciar votações importantes. Mas, no Ceará, o efeito imediato pode ser uma reorganização das forças de oposição e uma pressão maior sobre o PT, que hoje governa o estado e também tem o Planalto.
Resumindo, essa superfederação ainda é um balaio de gato. Promete muito no discurso, mas precisa resolver os impasses internos. E aqui no Ceará, como sempre, a política local pode dar um tempero diferente a esse arranjo.