O segundo semestre do ano no Ceará é climatologicamente mais seco em relação aos primeiros meses do ano. Após a quadra chuvosa, que ocorre entre fevereiro e maio, os índices de chuva são pouco expressivos, apesar da possibilidade de acumulados pontuais, a depender das condições de tempo.
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), em julho, por exemplo, a média pluviométrica é de apenas 15,4 milímetros. Reduzindo ainda mais até a chegada de dezembro.
Diante deste cenário, em que os dias passam a ter predomínio de céu claro na maior parte do dia e um aumento da temperatura, observa-se a redução da umidade relativa do ar, que é o que chamamos de tempo seco.
De acordo com a gerente de Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto, a umidade e a temperatura do ar são inversamente proporcionais uma à outra, ou seja, nos horários com as maiores temperaturas, principalmente no início da tarde, registra-se a menor umidade relativa do ar, principalmente no interior do estado.
“Áreas interioranas apresentam umidade relativa do ar mais baixa quando comparadas ao litoral devido à continentalidade, ou seja, a distância do oceano. Além disso, contribuem as condições predominantemente mais secas do solo e da vegetação reduzindo a evapotranspiração para a atmosfera”, explica Sakamoto.
As condições de tempo seco precisam ser observadas pois podem causar impacto na saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica os níveis de umidade relativa do ar nas seguintes proporções:
– Estado de observação: 40% a 31%;
– Estado de atenção: de 30% a 21%;
– Estado de alerta: de 20% a 12%.
O órgão recomenda ainda evitar a exposição ao sol e a realização de atividades físicas quando a umidade relativa do ar cai para menos de 30%. Neste caso, o Ministério da Saúde indica ainda o aumento da hidratação, ingerindo mais água, suco natural e/ou água de coco.
Repórter Ceará