Os visitantes da XII Bienal Internacional do Livro tiveram oportunidade de visitar o espaço Mestres e Mestras da Cultura do Ceará e saber como é a rotina e os costumes do sertanejo, figura que representa toda a região cearense.
Foi promovido um bate-papo na tarde da última segunda-feira, 17, com os mestres da cultura: Mestre Dina, vaqueira aboiadora de Canindé, Mestre Pedro Coelho, vaqueiro aboaidor e poeta de Acopiara e Mestre Lucas Evangelista, cordelista de Iguatu. A mediação foi feita por Otávio Menezes.
Entre os homens, destacava-se uma mulher, que representava a minoria. Mestre Dina se orgulha de sua trajetória e tem orgulho da cultura que representa, dedicando sua vida ao sertão.
Dina Maria Martins Lima, nascida em uma fazenda próxima a Canidé, cresceu no sertão e afirma que o gosto pelo ofício de vaqueiro vem de família. Cresceu vendo seu pai e irmão exercendo essa atividade, e desde então se interessou por essa ocupação.
Dina assumiu seis mandatos como presidente da Associação dos Vaqueiros e Aboiadores do Sertão Central, e declara que constatou certa resistência de alguns, mas apoiou-se no respeito para modificar o quadro.
Hoje, viúva, Dina brinca ao deixar um aviso aos pretendentes, cantando “Eu sou mestra da cultura, sou vaqueira e sou mulher, o homem pra me ganhar não é homem qualquer”.
Serviço
O Auditório Mestres e Mestras da Cultura do Ceará acolhe os mestres da cultura cearense na XII Bienal Internacional do Livro, até o dia 23 de abril, no Centro de Eventos do Ceará, com entrada gratuita.
Repórter Ceará – Foto: Tribuna do Ceará