Entre agosto e outubro, mananciais de 36 municípios cearenses devem atingir volume morto, sendo que doze dessas cidades já estão em situação crítica, tendo abastecimento garantido só até o próximo mês. Em consequência disso, medidas emergenciais estão sendo tomadas pelo Governo do Estado.
De acordo com o secretário das Cidades, Jesualdo Farias, “a perspectiva para 2018 também não é das melhores”. Ontem, sexta-feira, 24, Jesualdo participou da reunião do Conselho Estadual das Cidades (Concidades), onde foi discutida a situação hídrica do Ceará. Estiveram presentes representantes da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).
Foram apresentadas soluções de grande porte, como a transposição do rio São Francisco, cujas águas devem chegar ao Sul do Estado em fevereiro de 2018, além de projetos de dessalinização e reúso de água.
Alguns açudes já são considerados secos, como o Vieirão (Boa Viagem), Serafim Dias (Mombaça) e Poço da Pedra (Campos Sales). De acordo com a Cogerh, os 12 municípios com situação mais crítica recebem atendimento de carros-pipa. Dezenas de poços devem ser perfurados no próximo mês.
Os 24 municípios cujos mananciais devem secar entre agosto e outubro são: Alto Santo, Apuiarés, Aratuba, Baixio, Cariús, Catunda, Icó, Ibaretama, Ipaumirim, Itapiúna, Jaguaruana, Jucás, Limoeiro do Norte, Milhã, Monsenhor Tabosa, Mulungu, Pacoti, Palmácia, Potengi, Salitre, São Luís do Curu, Solonópole, Tamboril e Umari.
Repórter Ceará