O presidente do Senado, Eunício Oliveira, disse em entrevista nessa quinta-feira (26) que a prioridade do Senado é a pauta econômica que promova o desenvolvimento do país, traga emprego e renda. Além disso, afirmou, a Casa também deve dar continuidade à votação de propostas que ajudem a resolver problemas da sociedade e do dia a dia da população, como a recente aprovação do (PLC) 101/2017, que agiliza o processo de adoção de crianças.
Questionado sobre a expectativa do governo de votação da reforma da Previdência, após a rejeição da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, Eunício Oliveira observou que a proposta está tramitando na Câmara dos Deputados e “tem que ser prioridade da Câmara”. Eunício observou, no entanto, que o tema é “muito polêmico”.
“Todos sabem que é preciso fazer algum tipo de ajuste na Previdência para que a gente não fique pagando o rombo. Mas todos sabem também que o momento político não é muito oportuno para se alterar pontos que a sociedade brasileira pensa contrariamente. A reforma da Previdência está na Câmara. Tem que ser prioridade da Câmara, e não do Senado neste momento. Temos outras pautas importantes”, disse.
Eunício Oliveira destacou que o Senado “tem que fazer o dever de casa”. Ele lembrou que 2018 será marcado por eleições presidenciais e disse que a Casa deve aprovar matérias que estimulem o crescimento econômico, independentemente de quem vença a disputa ao Palácio do Planalto.
“No que depender do Senado e do Congresso, vamos colocar toda nossa energia para que o país volte a crescer e dar oportunidade às pessoas. Independentemente de o presidente ser Michel [Temer], Lula, [Geraldo] Alckmin ou quem quer que seja. A ideologia aqui é a luta pela melhoria da qualidade de vida das pessoas e para igualar um pouco o desenvolvimento regional”, afirmou.
Eunício defendeu, por exemplo, a redução das taxas de juros em financiamentos com dinheiro dos fundos constitucionais do Nordeste (FNE), do Norte (FNO) e do Centro-Oeste (FCO). A proposta, que ainda não chegou ao Congresso, é discutida entre o Palácio do Planalto e o Banco Central.
“Os bancos não podem cobrar taxas que onerem os fundos constitucionais e privem os fundos de fazer desenvolvimento regional. O Banco da Amazônia e o Banco do Nordeste têm outro papel, que não é o de ganhar dinheiro, mas o de ajudar no desenvolvimento regional”, argumentou.
Repórter Ceará – Agência Senado




