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Editorial: A Prefeitura está realmente cuidando bem da saúde do Coração do Ceará?

Desde o início de sua gestão, o prefeito de Quixeramobim, Clébio Pavone, enfrenta diversos problemas relacionados à área da saúde do município. Isso pegou toda a população de surpresa por uma simples razão: O setor foi o que mais deu apoio ao gestor a época de sua eleição, em 2016.

Após cerca de um ano declarando que os problemas presentes em sua gestão se deviam a oposição, que não o deixava trabalhar, o prefeito finalmente tomou uma posição mais branda em seus discursos e esqueceu das gestões passadas a sua, a quem atribuía praticamente toda culpa pelo caos administrativo.

Voltando para a área de interesse deste editorial, os problemas começaram a aparecer nos postos de saúde, quando a própria população passou a denunciar falta de material para limpeza e insumos, além da falta de medicamentos. Além disso, hoje, 31, a reportagem recebeu mais uma informação acerca do assunto: Uma mãe procurou um posto para que sua filha fosse atendida e recebeu a informação de que só haverá médico na semana que vem.

O Hospital Regional Dr. Pontes Neto (HRDPN) não foge dos problemas que permeiam a gestão. A começar pelo atendimento que, recentemente, foi criticado por um suplente de vereador do município, em razão da demora dos médicos em atenderem os pacientes. Fora isso, ainda ocorreu o processo de entrega da gerência da unidade para uma Organização Social, sob o pretexto de melhorar as condições do equipamento, o que, de fato, de acordo com relatos dos cidadãos quixeramobinenses, não ocorreu.

Outro ponto mais recente envolvendo a área, tratou da situação de atraso salarial dos profissionais da Policlínica de Quixeramobim. Conforme apurado pela equipe do Sistema Maior de Comunicação, o motivo para o ocorrido se deu porque a unidade integra o setor de gerenciamento fazendo com que seus funcionários sejam os últimos da área da saúde municipal a receberem sua remuneração.

Todas estas situações, que não chegam a metade do que já ocorreu e vem ocorrendo neste município, resultam em declarações como: “Não tenho mais esperança que essa situação melhore”, que veio justamente de uma das servidoras da pasta. Infelizmente, este sentimento tomou os corações dos quixeramobinenses que, inconformados com a situação, reivindicam melhorias. Bem, reivindicam, mas, para serem cumpridas, o processo é outro.

A Secretaria de Saúde, por sua vez, já trocou seus titulares duas vezes e segue para um terceiro gestor: O enfermeiro Eugênio Gomes. A população permanece neutra, sem saber se haverá alguma melhoria, apesar de saber que Eugênio é um profissional qualificado, mas que lidará com a mais problemática das pastas da administração municipal.

Organização deveria ser a palavra de ordem desta administração, porém, o que se percebe é uma desordem tamanha, que afeta a população, de todas as idades – relembrando também o caso da retirada de médicos da emergência do Hospital Infantil – e de diversas formas.

Amanhã, 1º de novembro, o novo secretário de Saúde assumirá seu posto, e a população continua pedindo sua saúde de qualidade diante de tantos impostos.

Espera-se que, Eugênio assuma a pasta com a ética solicitada pelo serviço público, ou seja, direcionando suas ações em prol do benefício da população. Que os anseios dos quixeramobinenses sejam realmente ouvidos, gravados na memória, lembrados, colocados no orçamento e em projetos futuros, e executados, porque, do jeito que o referido setor se encontra, a população segue se perguntando: Será que a Prefeitura está cuidando bem da saúde do Coração do Ceará?

Editorial do Repórter Ceará

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