Pela segunda vez consecutiva, a estudante Marília Oliveira, de 19 anos, alcançou a nota mil na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para alcançar o feito, a jovem cearense diz que “estudava até dormir”. Além de Marília, a cearense Laís Mesquita também tirou nota máxima no exame. “Só conseguimos chorar”.
Aluna de um cursinho particular de Fortaleza, Marília sonha em estudar direito na Universidade Federal do Ceará (UFC), um dos cursos mais concorridos da instituição. Em 2017, a estudante ficou com a média final em torno de 720 pontos e, apesar da nota máxima na redação, não conseguiu a vaga. A nota de corte para direito (diurno) foi de 731 em 2017.
“Se três pessoas tivessem desistido na época, eu teria conseguido ingressar”, lembrou. No Enem deste ano, ela conquistou 750,02 pontos e acredita que ficou muito próximo de alcançar o sonho.
Sem desistir
Marília Oliveira não desistiu após a reprovação e seguiu com a rotina desgastante de estudos durante o dia inteiro. “Fazia o cursinho pela manhã e estudava pelo restante do dia, até dormir. Inclusive fiz uma lista de possíveis temas”, revela.
Em 2018, a redação do Enem teve como tema “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”. Marília diz que achou o assunto bem mais complicado que o de edições anteriores.
Textos motivacionais
Dentre as 30 linhas, a estudante diz ter citado no texto o escândalo do vazamento de informações que envolveu o Facebook no ano passado.
Marília baseou a redação em textos de pensadores como o filósofo Michel Foucault e Sigmund Freud.
“Aproveitei os textos motivadores e todas as dicas que recebi dos professores ao longo do ano. Agora fica a expectativa de passar na faculdade”, comemorou.
Sonho de cursar medicina
Já a estudante Laís Mesquita prestou o Enem pela terceira vez, e quase não acreditou no resultado. “Eu, minha mãe e meu irmão estávamos juntos e só conseguimos chorar”, conta, sobre o momento em que conferiu as notas.
Laís pretende estudar medicina na UFC. “Foi um ano muito puxado, estudando às vezes mais de 12 horas em aula e mais em casa. Além de abdicar de diversas saídas para estudar”, destacou. As dicas da professora de redação, para Laís, foram essenciais para o resultado.
“Pensar muito bem na tese que se vai usar, organizar bem os argumentos, e usar referências que você lembre a respeito do tema, livros, estudos, etc.”
Laís confessa que não tinha muito conhecimento sobre o tema de 2018. A ansiedade, segundo ela, era um dos empecilhos nas horas de estudo. “Queria dizer a todo mundo que não desistam e se empenhem, a vitória vem se você se esforçar”, completa a estudante.
Somente 55 candidatos em todo o país alcançaram os mil pontos. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) corrigiu 4.122.423 provas de redação na aplicação regular do Exame.
Repórter Ceará com G1-CE
PARABÉNS
E FANTÁSTICO NOTA. MIL NA REDAÇÃO
QUEM ESTUDA TEM APROVACAO
Agora dentre milhões de estudantes
Só 55 alunos conseguirem nota máxima em REDAÇÃO absurdo