De oito secretarias que constam no site institucional da Prefeitura de Choró, pelo menos três são ocupadas por parentes do prefeito Marcondes Jucá. Os cargos são comissionados, ou seja, indicação política do gestor.
Ocupam cargos no 1º escalão: Lucicleide de Sousa Jucá, sua esposa, que está a frente da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social; e Bruno Jucá Bandeira, seu sobrinho, titular da Administração, Planejamento e Finanças. No caso da Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura, ainda consta como titular o vereador Francisco de Holanda Jucá, irmão de Marcondes, mas conforme a reportagem apurou, a pasta agora está sendo comandada por outro irmão do gestor: José Marcos de Holanda Jucá.
Considerado 2º escalão, ainda conforme apurado, outro sobrinho do gestor José Mardonio Queiroz Jucá, consta na lista da Defesa Civil do Estado, como coordenador da DC Municipal.
A reportagem procurou o Ministério Público de Quixadá para obter alguma posição sobre esse episódio. Porém, até o fechamento desta matéria, não havia obtido resposta.
O site ainda tentou contato com a Prefeitura Municipal, via telefone que está disponível em seu site, porém as ligações não foram atendidas.
Nepotismo?
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considera que nepotismo é o favorecimento dos vínculos de parentesco nas relações de trabalho ou emprego.
As práticas de nepotismo substituem a avaliação de mérito para o exercício da função pública pela valorização de laços de parentesco. Nepotismo é prática que viola as garantias constitucionais de impessoalidade administrativa, na medida em que estabelece privilégios em função de relações de parentesco e desconsidera a capacidade técnica para o exercício do cargo público.
Episódio das refeições
Outro caso tem gerado polêmica: Uma licitação datada de março deste ano veio à tona esta semana.
Com o valor global de R$ 359.875,000 o prefeito Marcondes Jucá contratou serviços de fornecimento de self-service e coffee break para atender as necessidades de diversos eventos a serem realizados pelas secretarias municipais.
O certame exige que a comida seja servida em pratos de vidros brancos e talheres inox. São quase 21 mil refeições licitadas, mais que a população de Choró, que é de 13.476 habitantes, conforme IBGE.