Um dos condenados pela participação no furto milionário ao Banco Central em Fortaleza, o paulista Marcos Ribeiro Suppi, teve a pena reduzida para seis anos de reclusão, em regime inicial semiaberto. A decisão é da 12ª Vara da Justiça Federal do Ceará e foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico.
O paulista havia sido condenado a uma pena de dez anos e nove meses de reclusão, em regime fechado, pelos crimes de associação criminosa, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.
No entanto, a defesa do réu entrou com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em relação a condenação por lavagem de dinheiro, fazendo com que a sentença ficasse suspensa enquanto não fosse realizado julgamento.
O STJ foi favorável ao réu, em sua decisão, concedendo o habeas corpus sob o argumento de que a condenação foi anterior à lei que define o crime de organização criminosa (predisposição para a lavagem de dinheiro nesse caso). A decisão fez com que a 12ª Vara alterasse o regime de cumprimento da pena. Com isso, o condenado poderá trabalhar e estudar fora do presídio durante o dia, mas deve ir à detenção à noite.
Pelo menos 133 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) por participação no furto de R$ 164,7 milhões, considerado o maior assalto a banco da história do Brasil. O crime ocorreu entre uma sexta-feira e um domingo de agosto de 2005, após três meses de planejamento e escavações. A quadrilha, ligada a uma facção criminosa, saiu de uma residência, chegou ao cofre do Banco Central e fugiu com o dinheiro. O crime foi percebido apenas na segunda-feira seguinte.
Repórter Ceará
