Quase duas semanas após o desaparecimento de Anderson Henrique da Silva Rodrigues, de 20 anos, que foi abordado por policiais militares no dia 11 de junho e, desde então, não foi mais visto, a família segue sem respostas sobre o jovem estar vivo ou morto. De acordo com parentes, as buscas pelo possível corpo da vítima sequer começaram.
Em depoimentos, testemunhas contaram às autoridades que os PMs invadiram a casa de Anderson, localizada no bairro Zumbi, em Horizonte, município da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A suspeita dos parentes é de que Anderson foi morto pelos policiais.
A Polícia Militar do Estado do Ceará (PMCE) nega agressões e invasões. De acordo com a corporação, Anderson foi abordado e quando nada de ilícito foi encontrado, ele foi liberado. Após o caso ter repercutido, um inquérito foi instaurado pela PM. A advogada da família, Conceição Moreira, ressalta ter sido informada que a informação sobre a parada dos agentes na residência de Anderson bate com o relatório do GPS da viatura naquela data e horário da abordagem.
“De 11h36 até 13h09, eles ficaram lá dentro da casa. Na quarta-feira, estive no Comando de Policiamento, onde foi constatado que eles receberam o relatório do GPS da viatura. Vi todas as localizações e constatei que foram muitas paradas. Passaram por Queimadas, Cachoeira, Gavião e, somente às 16h40, entregaram a viatura”, afirmou Conceição.
Busca por respostas
Maria Cristiane da Silva, mãe de Anderson, diz que até o momento as buscas pelo corpo de Anderson sequer começaram. “Cadê meus direitos? Preciso de respostas. Cadê meu filho? Eu sei que a Polícia matou ele. Agora quero enterrar”, afirmou. A Delegacia de Assuntos Internos (DAI) da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) informou ter instaurado inquérito policial para apurar o caso.
Repórter Ceará com informações do G1-CE