Como se não bastasse todo o esforço que os profissionais de saúde, as autoridades públicas e os prestadores de serviços essenciais têm empenhado no sentido de minimizar o impacto da epidemia do novo coronavírus, agora, a sociedade também tem que se preocupar com outro problema: a disseminação em massa de notícias falsas através das redes sociais!
Assim como o vírus que estamos tentando combater, essas fake news têm um enorme potencial de contaminação, conseguindo se proliferar rapidamente através de uma rede virtual que integra centenas de milhares de aparelhos celulares, que estão espalhados por diferentes partes do país, cujos usuários repassam o conteúdo mentiroso captado sem fazer sequer uma ressalva.
Eu mesmo já recebi várias mensagens com conteúdo falso ou duvidoso! E a decisão que eu tomei é a que considero ser a mais correta, e é a mesma que indico a todos àqueles que hoje me ouvem: não repassem, em hipótese alguma, aquilo que você não tem certeza se é verdadeiro, porque, no fim das contas, isso pode acabar prejudicando ao invés de contribuir com o bem geral da nação.
E o que mais me surpreende em toda essa onda de fake news é que algumas pessoas que aparentam ter um senso crítico tão apurado, parecem estar sempre dispostas a compartilhar de toda e qualquer sorte de notícias falsas que recebem em seus aparelhos, sem sequer analisar, de forma crítica, o conteúdo recebido.
E muitas vezes isso não tem a ver com falta de informação, porque quem tem acesso à internet para divulgar mentiras, pode muito bem fazer uma busca para atestar a veracidade da mensagem que pretende compartilhar. No fundo, no fundo, todos nós sabemos que por trás disso tudo está o mau-caratismo daqueles que vivem em função de espalhar mentiras para beneficiar seus deuses políticos.
Mais do que nunca, é tempo de nos voltarmos para as informações fornecidas pela imprensa profissional. Isso não quer dizer, obviamente, que devemos abandonar o nosso senso crítico e aceitar tudo que os veículos de comunicação dizem. Pelo contrário. É hora de usar esse senso crítico para separar o joio do trigo, de forma a evitar que as mentiras se propaguem em uma velocidade muito maior do que a do vírus que pretendemos combater.
Em um momento delicado como esse não podemos aceitar, de forma alguma, a maldade daqueles que criam e daqueles que espalham a mentira. Precisamos estar alertas e ser responsáveis não apenas pela nossa higiene pessoal e pelo distanciamento social, mas também por tudo aquilo que divulgamos através dos nossos celulares.
1 Minuto com Sérgio Machado