Vereadores devem apresentar iniciativas na Câmara para ajudar a população, fiscalizar as ações do governo municipal e valorizar a sociedade. Ademais, é fato que os parlamentares possuem uma atenção especial para datas. Para exemplificar, temos o caso recente do vereador de Fortaleza Idalmir Feitosa (PSD), que apresentou o projeto para criação do “Dia Municipal do Filho e da Filha”.
Tais iniciativas, que dão um dia comemorativo para determinado segmento ou pessoa da sociedade, mesmo que tenham boa intenção, muitas vezes, não chegam aos ouvidos dos que estão sendo homenageados e não os aproximam dos vereadores. Contudo, a apresentação de tais projetos foge do controle, as vezes, chegando ao nível da população criar uma nova e distorcida imagem do vereador.
É até comum ouvir de populares que os parlamentares municipais só servem para criar datas comemorativas, dar nome às ruas e, no mais extremo dos casos, não fazer nada. Isso tudo está associado ao que os vereadores em exercício apresentam. Como consequência, a depender de seu desempenho no mandato, não há como impedir que os eleitores criem a imagem do vereador ocioso, que ocupa uma cadeira na Câmara para receber seu salário no final do mês.
Não é errado apresentar projetos que relembrem um acontecimento ou homenageiem algo ou alguém. Mas é dissonante da realidade quando aqueles que estão no Poder para representar, simbolizar e concretizar os anseios dos eleitores na Casa Legislativa não atuam desta forma. Por isso, as eleições de 2020, possuindo um eleitor cada vez mais atento a cada pleito, pode revelar rejeição ou aprovação de determinados parlamentares, baseados em suas ações dentro do plenário e fora dele. Afinal, não é só a população que deve saber para que serve o vereador, mas os próprios mandatários devem por em prática aquilo para que foram eleitos: representar os interesses da população perante o poder público.
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