As eleições deste ano foram uma surpresa para vários dos 184 municípios cearenses. Nomes tidos como fortes nas Câmaras Municipais, que tentavam a reeleição, além de prefeitos e prefeitas que buscavam um segundo mandato não conseguiram se reeleger. Isso se deu a um conjunto de fatores que teve como soberano um único ponto: a vontade do povo.
Antes, a velha política, a do pão e circo, funcionava, onde gestores ofertavam festividades e eventos em praça pública, de graça, para tentar fazer a população esquecer os problemas que não foram solucionados. Hoje, não. Diante de uma politização cada vez mais crescente da sociedade, os eleitores esperam ações concretas de seus governantes, e não só promessas. Por isso, a importância de criar um plano de governo executável.
Em alguns casos, candidatos considerados de terceira via, aqueles que tentaram partir a polarização formada nas cidades, saíram muito fortalecidos do pleito deste ano, como novas lideranças, capazes de arrastar mais público. A prova disso é a margem de votos nas urnas, que, em situações específicas, chegou a se aproximar de gestores, ex-gestores e grandes nomes da política cearense.
A eleição deste ano foi uma nova “festa da democracia”. Marcou o início de um novo período na história política brasileira e permitiu a assiduidade da geração mais jovem da sociedade no pleito. Com certeza, os próximos sufrágios devem carregar um peso muito maior para os governantes, de realmente mostrarem serviço enquanto estão em mandato. O recado nas urnas foi dado em 2020, resta saber se as figuras políticas entenderam que ele continuará a ecoar.
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