O ex-deputado federal e estadual pelo Ceará Adail Carneiro, preso em flagrante na posse de R$ 2 milhões em espécie, na segunda fase Operação Km Livre, já foi transferido para o sistema penitenciário cearense, segundo a Polícia Federal (PF). Ele estava detido no xadrez da PF.
Na primeira fase da Operação Km Livre, realizada em 2016, a polícia apreendeu mais de R$ 5,9 milhões em espécie no mesmo local, uma empresa ligada ao ex-deputado Adail Carneiro.
A reportagem tentou contato com a defesa do ex-deputado Adail Carneiro, mas não obteve retorno.
O dinheiro estava escondido em caixas de aparelhos de televisão, na sede de uma empresa de locação de veículos, no Bairro de Fátima, em Fortaleza. A prisão em flagrante foi realizada na quinta-feira, 19, e convertida em prisão preventiva pela Justiça Federal na sexta, 20.
Na primeira fase da Operação Km Livre, realizada em 2016, a Polícia apreendeu mais de R$ 5,9 milhões em espécie no mesmo local, uma empresa ligada ao ex-deputado Adail Carneiro. Os investigadores, entretanto, não confirmaram ter sido ele o ex-deputado preso na semana passada.
A prisão ocorreu durante o cumprimento de um dos 27 mandados de busca e apreensão realizados pela Polícia Federal em Fortaleza e em cidades de mais dois estados – Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, onde foram apreendidos valores em euro e ouro.
Esquema criminoso
Segundo a Polícia Federal, o esquema acontece há mais de 20 anos e já movimentou cerca de R$ 600 milhões em um esquema fraudulento em licitações públicas promovidas pela Prefeitura Municipal de Fortaleza.
Procurada, a prefeitura informou que “considerou não saber do que trata a operação, visto referir-se apenas de uma investigação em torno de uma empresa privada, sem que nenhum servidor público municipal ou órgão da administração do Município tenha sido alvo da operação”.
A assessoria da gestão municipal destacou ainda que “posiciona-se em apoio a toda e qualquer operação séria e isenta que investigue o uso de recursos públicos”.
Repórter Ceará com informações do G1-CE (Foto: Reprodução/Facebook)