
Um ano após o registro dos primeiros casos conhecidos de covid-19 em Wuhan, epicentro de uma epidemia que acabou se espalhando para todo o mundo, as medidas de prevenção contra o novo coronavírus são apenas uma lembrança na cidade chinesa, embora seus moradores não tenham se esquecido do que aconteceu e continuem a questionar a origem da pandemia. A informação é da Agência EFE.
Nenhum caso de contágio local foi reportado desde meados de maio no transporte público da capital da província de Hubei, localizada no centro do país asiático, e por isso não é mais necessário apresentar a autoridades códigos de reconhecimento rápido (QR code) de saúde, que garantiam que uma pessoa não estava infectada.
Além disso, o uso de máscaras foi reduzido desde o confinamento massivo ao qual a cidade foi submetida em janeiro de 2020.
Uma jovem que preferiu não se identificar disse que muitas pessoas da cidade se sentem culpadas pelo fato de Wuhan ter registrado os primeiros casos do então chamado “surto misterioso de pneumonia”, embora “quase ninguém queira falar sobre isso”.
“Naquela época, no início de 2020, muitos moradores evitavam o assunto, e muitos ocultavam informação para que não se soubesse quem estava infectado”, acrescentou.
Segundo a jovem, será “muito, muito difícil” saber o que aconteceu ou como a pandemia nasceu, mas ela comemorou o fato de a China, apesar de alguns surtos esporádicos, ter conseguido manter a covid-19 praticamente sob controle, sem registrar nenhuma morte desde maio.
Repórter Ceará (Foto: Anthony Kwan/Getty Images)