Home Editorial Editorial: O difícil (re)começo de Cirilo Pimenta e sua responsabilidade como gestor

Editorial: O difícil (re)começo de Cirilo Pimenta e sua responsabilidade como gestor

Já se passou mais de 1 mês e meio do início da nova gestão do prefeito de Quixeramobim, Cirilo Pimenta (PDT), e é impossível alegar que tenha sido um começo tranquilo diante de tantos empecilhos que se mostraram logo nos primeiros dias da administração municipal. Foram dívidas que vieram à tona após análise da equipe financeira, de acordo com o próprio gestor, como também, a história dos concursados, que deve render, ainda, novos capítulos em breve.

Cirilo começou o ano relatando que a Prefeitura está com dívidas que ainda sufocam o serviço público. IPM e fornecedores não estão devidamente pagos, assim como a Enel, que realizou o corte de energia no prédio do Paço Municipal e em mais cinco equipamentos, rendendo um dos maiores vexames dos últimos anos para o poder público quixeramobinense, que utiliza gerador de energia para manter a lâmpada acessa na sede da administração local.

A questão dos concursados, por sua vez, apresenta tendência semelhante com a briga entre os aprovados no certame de Quixadá e o prefeito Ilário Marques. Aqui na Terra de Antônio Conselheiro, os que passaram no concurso tomaram posse, tiveram suas nomeações suspensas por decreto, depois a Justiça local ordenou o retorno de todos aos quadros do funcionalismo público e, agora, uma decisão de Segunda Instância deixou todos a ver navios e sem saber o que fazer no dia de amanhã, já que estão fora de seus respectivos cargos novamente. Os aprovados alegam que Cirilo recorre para não mantê-los trabalhando por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas continua com pessoal em cargos comissionados, com bons salários.

Toda essa situação, no entanto, não pode, de modo algum, permanecer no campo da fala. Cirilo, enquanto acusador de que Clébio Pavone (PP) deixou a Prefeitura com um amontoado de débitos, deve comprovar com documentos e formalizar a denúncia. Não se trata de duvidar, mas tornar oficial tudo que foi falado, afinal, como o ditado popular: mate a cobra e mostre o pau. Para além, Quixeramobim não deve ser palco de brigas políticas entre Pavone e Pimenta. A cidade não é palanque para guerra, mas espaço para desenvolvimento e exercício de serviço público de qualidade.

Como prefeito de uma das 20 maiores economias do Ceará, Cirilo deve deixar de inflar problemas sobre questões urgentes como a dos concursados e assumir aquilo que é seu dever: governar para todos. O seu lado político deve ser deixado para as ocasiões que figuram trâmites de bastidores, não que mexem com o emprego e suor de pessoas que lutaram para ser aprovadas em um certame.

Pimenta tem a obrigação de resolver a situação em que alega estar a cidade. Sendo chefe do Executivo, está em uma posição que lhe favorece, mas que pode lhe causar rejeição diante de qualquer ação que a população considere errada. A administração deve se concentrar em destravar todas as barreiras econômicas impostas pelos débitos declarados por Cirilo e caminhar rumo ao desenvolvimento, continuando a crescer e se tornando uma cidade de emprego, lazer e moradia, mantendo um serviço público de qualidade para toda a população.

Sim! Cirilo pode ter recebido uma Prefeitura em maus lençóis, mas nada garante que a situação continue assim. Espera-se que melhore. Enquanto isso, a situação continua delicada, assim como a energia do Paço Municipal, funcionando com remédio amargo: gerador.

Editorial do Repórter Ceará

1 comentário.

Deixe seu comentário:

Please enter your comment!
Please enter your name here