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Editorial: Dos concursados até a limpeza urbana e pacote de obras – Os 100 dias de Cirilo Pimenta

Pandemia, dívida, concursados, pacote de obras, limpeza urbana e diversos outros tópicos elencaram os 100 primeiros dias do quarto mandato de Cirilo Pimenta a frente da Prefeitura de Quixeramobim. O período trouxe questões que não seguiram fora da normalidade de qualquer gestão, principalmente com um cenário pandêmico presente há mais de um ano no planeta, como também, com uma mudança de administradores.

Começar o ano falando sobre as despesas é o praxe. Não de Cirilo, mas de toda e qualquer nova administração, oriunda de uma transição. No caso de Quixeramobim, o próprio Pimenta alegou vultosos milhões que a Prefeitura possui em débito com o QUIPREV, Governo Federal e com a própria companhia de distribuição elétrica, a Enel, que resultou em um episódio no breu: a suspensão do serviço para o prédio da Prefeitura e outros equipamentos. No entanto, luz de volta, contas sendo negociadas e vida que segue.

O pedetista, além do volume de despesas que afirma ter recebido nas costas, iniciou seu novo mandato quando os casos de Covid-19 na cidade ainda estavam estabilizados em um patamar baixo. Meses após, tragédia anunciada por Manaus, o Brasil começou a viver sua segunda onda, assim como Quixeramobim, que passou alguns dias mais tranquilo, mas que não demorou muito para a ‘bomba-relógio’ de casos explodir. A demanda, crescente em todo o Ceará, superou as expectativas e pressionou o sistema de saúde, fazendo com que a gestão do Coração do Estado traçasse meios para atender a todos e manter os SUS em pleno funcionamento.

Nessa questão, é necessário dizer que há louvores, como a ampliação da UPA com um prédio em anexo e postos de saúde específicos funcionando em horário noturno e atendendo somente pacientes com suspeita da doença. No entanto, é necessário medir dois dedos de crítica quanto à fiscalização, que foi efetiva no início, mas que perdeu o vigor e o rigor no decorrer dos dias, fazendo com que certas medidas não fossem devidamente exercidas pelos cidadãos – que não são crianças -, conforme o que foi publicado, permitindo que pessoas realizem, por exemplo, práticas esportivas individuais ao ar livre, quando o decreto proíbe.

Entretanto, é necessário ovacionar o sucesso na vacinação, que colocou Quixeramobim como destaque na região e no Ceará por ser o município que mais aplica vacinas no Sertão Central.

Apesar disso, uma nova novela começou a ser escrita – não por Glória Perez, que adora um drama e um desenrolar fantástico em suas produções – pelos concursados e pelo próprio Pimenta. Primeiro, os aprovados no último certame foram empossados. Por decreto, depois, foram suspensos. O caso foi parar na Justiça e aguarda o julgamento do mérito, que não se sabe quando acontecerá, mas que desencadeou um desafeto entre os concursados e o prefeito.  Se a atitude de Cirilo é de cunho político, não se sabe, nem é intuito deste artigo supor. Fato, é que outros capítulos dessa história devem ser escritos em breve, para dar fim ou somente a continuidade da novela.

E, a cidade está mais limpa. Há de se reconhecer que o trabalho na limpeza urbana está sendo executado de forma responsável e organizada. Se isso for associado, em breve, às obras anunciadas pelo gestor, com investimento de quase R$ 50 milhões, durante uma live com outras figuras políticas, a série de reformas deve trazer inúmeros benefícios para a cidade. No entanto, o cidadão ainda aguarda um calçamento efetivamente cuidado.

Considerando tudo isso e ressaltando que nem todos os feitos dos 100 dias, bem como todas as críticas, estão elencadas nesta linhas, é preciso enfatizar que questões econômicas que possam vir a ser agravadas ou mantidas durante a pandemia não serão exceção, mas regra. Isto não é uma forma de exercer defesa para Pimenta, mas de ressaltar que o trabalho de um gestor se observa, principalmente, na postura e na desenvoltura diante de uma crise.

Há aspectos louváveis e passíveis de críticas nas atitudes do gestor desde o dia em que ele está de volta no Poder de uma das maiores economias da região. São 100 dias de 4 longos anos. Até lá, muitos caminhos podem ser traçados, por política ou por economia, mas, deixamos sempre claro, um prefeito governa para todos, independente da rota a se seguir.

Foto: Reprodução/Facebook

Editorial do Repórter Ceará

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