Com a infestação de pulgões em sorgo, Quixeramobim demonstra sua carência em prestar assistência ao povo do campo e em criar métodos de valorizar a agricultura e o agricultor local, principalmente pelo fato de que parte considerável dos munícipes residem na zona rural.
Nessas ocasiões, se destaca a não oferta de inseticidas e a ausência de técnicos agrícolas, além de máquinas, que venham a solucionar ou, pelo menos, melhor a condição do problema, de modo que a plantação não seja inteiramente perdida por uma praga.
Agregados a essas questões anteriores, a falta de incentivo na hora de trator e na hora da silagem, assim como a (des)valorização do leite, uma das maiores fontes de renda dos produtores e um dos fatores que coloca a cidade em destaque no Ceará, evidenciam a falta de segurança econômica no valor da produção e põem em cheque o papel da administração em atender aos interesses do povo do campo.
Para a Câmara local, nesse espectro, cabe a responsabilidade de estar atenta às crises. Uma ideia seria criar um projeto que organize um fundo com as taxas de iluminação pública e de água, a fim de que o dinheiro seja usado para as questões supracitadas e até seja guardado para problemas futuros, como a situação hídrica da cidade.
Até o momento, boa parte da zona rural, assim como o centro urbano de Quixeramobim não tiveram recargas satisfatórias que garantam a segurança hídrica da população até a próxima quadra chuvosa, o que deve se apelar, no segundo semestre, para poços artesianos. Nesse quesito, o município já deveria ter feito forte investimento para aquisição dos equipamentos necessários para a perfuração, para não depender de outros órgãos.
Assim, a cidade, no cenário atual, desvaloriza o produtor local e não se prepara para crises e emergências, sejam elas iminentes ou imprevisíveis.
Foto: Banco Mundial
