O investimento no setor laboratorial, para realização de exames complexos em Quixeramobim, no Sertão Central, é tímido. Considerando que a cidade é a segunda mais populosa da região, seria necessário que as clínicas locais iniciassem a implantação de procedimentos e especialidades diversas, a fim de evitar o deslocamento das pessoas para outras cidades.
O alerta também vale para o setor público da cidade. É óbvio que o interesse de empresas da área da saúde pelo município vai aumentar, em observação ao anúncio dos cursos de Medicina e Enfermagem, que serão implantados na cidade, como também, do próprio polo científico da Uece.
Mas, a administração municipal precisa ter atenção com aqueles que não possuem condições para realizar um exame na rede privada.
Quixeramobim não é, de longe, o polo de saúde dos sonhos, mas possui grandes avanços em clínicas privadas e unidades públicas. No entanto, é preciso mais. São ultrassonografias, tomografias, ressonâncias e atendimentos especializados, que custam caro – obviamente -, mas que se deve fazer investimentos para que os quixeramobinenses sejam atendidos em casa, ou seja, na própria cidade.
Não é um processo que será realizado em pouco tempo, concordo. Porém, é possível articular recursos para projetos. O Coração do Ceará tem o potencial de ser o município referência em saúde na região centro do Estado, assim como já é em alguns aspectos. Diante disso, a bola não pode parar. Ela deve correr cada vez mais ágil em direção ao gol.
Foto: Pixabay
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