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Operação Cratos é deflagrada para desarticular facção criminosa atuante no Maciço de Baturité

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e das Promotorias de Justiça do Maciço de Baturité, deflagrou na manhã desta quinta-feira, 19, a Operação Cratos. O objetivo é desarticular uma organização criminosa atuante no Maciço de Baturité, principalmente nos municípios de Baturité, Redenção, Acarape, Aracoiaba e Guaiuba. A informação é da assessoria do MP.

Os alvos são suspeitos dos crimes de homicídio qualificado, corrupção de menores, destruição de cadáver, roubo, além de organização criminosa. A operação do MPCE conta com o apoio da Coordenadoria de Planejamento Operacional (COPOL) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS).

Foram expedidos sete mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva pela Vara Única Criminal de Baturité. As ordens judiciais estão sendo cumpridas com o apoio da COPOL em Fortaleza, Baturité, Guaiuba, Redenção e Acarape.

Investigação 

As investigações foram iniciadas em abril de 2021 após um confronto entre facções criminosas rivais que terminou com a morte de três criminosos, sendo um adolescente. O confronto ocorreu no dia 30 de abril, no bairro Prourb, em Baturité. Na ocasião, uma organização que atuava em cidades vizinhas buscava se expandir territorialmente em Baturité e planejou a invasão do bairro Prourb, dominado por um grupo rival. A ação foi divulgada pelas redes sociais dos envolvidos, que estudaram, inclusive, a topografia da localidade para conhecer melhor as rotas de fuga.

Na madrugada deste dia, 15 pessoas fortemente armadas invadiram o bairro com o objetivo de exterminar membros da facção rival. No confronto, o adolescente Santiago Amorim Lopes, suposto integrante da facção rival, foi brutalmente assassinado. Após este primeiro homicídio, o grupo se deparou com Valdiberto de Lima Freitas, que também foi morto com extrema violência. Segundo as investigações, ele não fazia mais parte da facção rival e estava a caminho do trabalho no momento do homicídio.

Após a consumação dos crimes, o grupo criminoso tentou roubar veículos que transitavam na CE-365 e, ao se deparar com uma composição policial, atirou contra os agentes de segurança pública, dando início a uma intensa troca de tiros. No confronto com a PM, um adolescente que integrava o grupo criminoso foi atingido e morreu. Um policial militar também foi baleado e sobreviveu.  Após o acionamento de reforço policial, parte do grupo criminoso foi preso. Os alvos da operação deflagrada hoje abrangem os demais suspeitos de envolvimento na execução daquela empreitada criminosa.

A ação criminosa foi objeto de inquérito policial e posterior denúncia do Ministério Público do Estado do Ceará contra os envolvidos nos crimes. Durante as investigações, o MPCE passou a apurar a possível participação de um policial civil do Estado do Ceará. Segundo a denúncia oferecida à Justiça, o agente público é suspeito de ter fornecido a arma da corporação aos bandidos, uma vez que a pistola do agente foi apreendida com um dos integrantes do grupo.

Nome da operação 

Cratos é um personagem da mitologia grega e seu nome significa força e poder. No contexto da investigação, a atuação do MP com a realização da operação demonstra retomada da situação pelo Estado, sendo a execução dos mandados os meios de mostrar o poder do Estado para mudar o que estava se estabelecendo com a atuação das facções nas localidades.

Repórter Ceará

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