O candidato ao Governo do Ceará pelo União Brasil, Capitão Wagner, foi entrevistado nesta terça-feira, 23, no programa Ponto de Vista, da SerTão TV. Ele é o terceiro sabatinado na série de entrevistas com os postulantes ao Palácio da Abolição.
Wagner foi indagado sobre diversos assuntos, como estratégias de campanha, saúde e segurança – voltados para o Sertão Central -, além de segundo turno e questões políticas.
Campanha, relações com prefeitos e segundo turno
Para iniciar a conversa, o candidato foi questionado sobre como espera que seja a campanha eleitoral deste ano. Em sua resposta, ele destacou que suas ações tem sido de propagação de “paz e tranquilidade nas propostas”, apontando, inclusive, que outros candidatos – sem citar nomes – tem se atacado, “um acusando o outro de traidor”.
“O que o eleitor espera dos candidatos é um debate de alto nível.”
Wagner também foi questionado sobre a relação com os prefeitos e prefeitas do Sertão Central, caso vença o pleito. Em levantamento exclusivo feito pelo Repórter Ceará, os 14 gestores e gestoras municipais se dividiram em apoios aos nomes de Roberto Cláudio (PDT) e Elmano de Freitas (PT). Nenhum declarou apoio a Wagner. De acordo com ele, se sair vitorioso da eleição, “acima de tudo, vai ser uma relação respeitosa” com os chefes administrativos dos municípios em questão.
Logo em seguida, o postulante foi abordado contra quem ele preferiria concorrer caso chegue ao segundo turno: se contra Roberto ou contra Elmano. Nas palavras dele, “quem quer ganhar uma eleição disputada como essa, não pode escolher adversário”.
“O meu desafio não é enfrentar Elmano ou Roberto, é conquistar o coração do cearense através das propostas.”
Pesquisa eleitoral
“Não dá pra confiar em pesquisa eleitoral”. Essa foi uma das declarações feitas por Wagner quando indagado sobre os levantamentos feitos pelos institutos de pesquisas. Para exemplificar, utilizou o caso de 2020, quando concorreu para a Prefeitura de Fortaleza contra Sarto Nogueira (PDT), no segundo turno.
Wagner pontuou que, no pleito municipal de 2020, as pesquisas mostravam uma diferença maior entre os dois candidatos do que a que realmente foi registrada nas urnas, e citou o tempo de propaganda eleitoral, que hoje é superior ao da eleição passada.
Cenário hipotético
O postulante foi perguntado sobre como será sua relação com Lula (PT) e Camilo Santana (PT) caso o cenário pós-eleição seja o seguinte: Wagner como governador, Lula na Presidência e Camilo no Senado.
Antagônicos, o candidato disse que “seja quem for senador ou presidente, eu tenho obrigação moral de sentar, cobrar e de pedir ajuda”. Para ele, “mesmo discordando, os adversários tem que dialogar”.
Segurança
Na área da segurança pública, Wagner declarou que “os últimos governantes fizeram ou tentaram”, combater a criminalidade, “mas faltou pulso firme”. Com isso, o candidato relatou que buscará parcerias, por exemplo, com o FBI, para trabalhar com prevenção e inteligência.
“Inteligência para evitar violência.”
Segundo ele, “muita gente diz que bandido bom é bandido morto, mas eu digo que bandido bom é bandido que nem existe”. O candidato ainda disse que pretende integrar o sistema da Polícia com as demais secretarias.
Para o Interior do Estado, Wagner ressaltou que pretende trabalhar com policiamento fixo em distritos, nas zonas rurais de municípios, com até 3 mil habitantes.
Indagado sobre a implantação de uma Delegacia 24h em Quixeramobim, o postulante declarou que, para isso, é necessário ter profissionais suficientes, e disse que realizará concurso, a fim de que cidades do porte de Quixeramobim tenham o equipamento funcionando de forma contínua.
Saúde e economia
O Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim, não possui ala de emergência. Diante disso, Wagner disse que é “mais do que legítimo que a gente tenha não só a emergência” na unidade de saúde, mas também outros serviços.
“É mais do que legítimo que a gente tenha no HRSC não só a emergência, mas também o serviço oncológico. As pessoas têm câncer e têm que vir para Fortaleza ou para outras cidades. É importante que tenhamos o tratamento pra doenças raras, uma equipe pra cuidar da saúde mental das pessoas”, exemplificou.
Na economia, o candidato informou que, caso eleito, isentará motocicletas de 150 a 170 cilindradas do IPVA. Questionado sobre a queda na arrecadação do Estado que isso causaria, o postulante afirmou que o Ceará terminou 2021 com quase R$ 12 bilhões guardados.
“Se tá sobrando tanto dinheiro, é porque tá se cobrando imposto demais. Então, aliviar o bolso do cearense é uma ferramenta para colocar o alimento na mesa das pessoas.”
Confira a entrevista completa:
Repórter Ceará (Foto: Portal IN)