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“A corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada”, diz Lula em entrevista ao JN

Em entrevista ao Jornal Nacional nessa quinta-feira, 25, o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi perguntado sobre corrupção e sobre a anulação de processos contra ele pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Durante cinco anos eu fui massacrado e estou tendo hoje a primeira oportunidade de poder falar disso abertamente ao vivo com o povo brasileiro. Primeiro: a corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada”, respondeu Lula.

“Quando surgiu a questão do Mensalão, eu cheguei e disse o seguinte: ‘só existe uma possibilidade de alguém não ser investigado nesse país: é não cometer erro’. Se cometer erro, vai ser investigado. E foi isso que nós fizemos. Se alguém comete um erro, alguém comete um delito, investiga-se, apura, julga, condena ou absolve e está resolvido o problema”, disse.

Em 2021, o ministro Edson Fachin, do STF, anulou todas as condenações de Lula pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato. Com a decisão, o ex-presidente Lula recuperou os direitos políticos e voltou a ser elegível.

“O que foi o equívoco da Lava Jato? É que a Lava Jato enveredou para um caminho político delicado. A Lava Jato ultrapassou o limite da investigação e entrou no limite da política. E o objetivo era o Lula. O objetivo era tentar condenar o Lula.”

Ele continuou:

“Não sei se você está lembrado. No primeiro depoimento que eu fui dar ao [ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro], falei: ‘Moro, você está condenado a me condenar porque você já permitiu que a mentira foi longe demais’. […] Qualquer, qualquer hipótese de alguém cometer qualquer crime, por menor ou por maior que seja, essa pessoa será investigada, essa pessoa será julgada e essa pessoa será punida ou absolvida. É assim que você combate a corrupção num país”.

Na entrevista, o petista também falou sobre a escolha do procurador-geral da República.

“Eu poderia ter escolhido um Procurador engavetador. Sabe aquele amigo que você escolhe e que nenhum processo vai para frente? Eu poderia ter feito isso e não fiz. Escolhi da lista tríplice. Eu poderia ter impedido que a Polícia Federal tivesse um delegado que eu pudesse controlá-lo. Não fiz. E permiti que as coisas efetivamente acontecessem do jeito que precisava acontecer.”

Lula aparece em primeiro lugar nas intenções de voto no primeiro turno com 47%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada em 18 de agosto. O levantamento aponta que na sequência vem presidente Jair Bolsonaro (PL), com 32%, seguido por Ciro Gomes (PDT), com 7%.

Repórter Ceará com G1 (Foto: Reprodução/TV Globo)

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