A Brisanet se reuniu com prefeitos de oito municípios do Centro-Sul do Estado. Na pauta da reunião, a adequação à Lei das Antenas e a implantação e operação da rede de 5G na região. A informação é do Diário do Nordeste.
De acordo com o CEO da empresa, Roberto Nogueira, as áreas urbanas deverão ter o processo de implantação concluído ainda no terceiro trimestre de 2023. No entanto, a zona rural será o desafio da empresa de telecomunicações, pois, conforme Nogueira, dependerá de incentivos fiscais do Governo do Ceará.
No encontro com a Brisanet estiveram presentes representações de Piquet Carneiro, Deputado Irapuan Pinheiro, Senador Pompeu, Milhã, Solonópole, Acopiara, Pedra Branca e Mombaça.
“Todo mundo estava interessado em ter o 5G na cidade, pela iniciativa e pelo que fizeram de agilizar a liberação das antenas, se prontificando para que a gente pudesse fornecer os serviços. E vamos atender essas cidades. No terceiro trimestre teremos a operação completa nessas cidades na área urbana”, disse Roberto.
O CEO da Brisanet explicou que o custo de operação do 5G nas zonas rurais chega a ser seis vezes maior em relação às áreas urbanas em razão da necessidade de ter mais torres. Apesar dos equipamentos na zona rural serem menores e custarem metade do preço das que são instaladas na cidade, é necessário um número maior de equipamentos para conseguir cobrir a área desejada.
Para que o processo ocorra, se tornando viável para a empresa, Roberto explicou que seria necessário contar com uma redução da cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na operação do setor de conectividade ou direcionado à própria empresa. Tais tratativas, de acordo com o presidente da empresa, já foram iniciadas com o Governo do Ceará. A Brisanet deve apresentar alguns projetos com modelos de redução tributária. Ele ainda destacou o potencial de impulsão arrecadatório que a conexão por 5G na área rural poderia gerar.
“Temos feito algumas apresentações levando a ideia e fomos bem recebidos. O Estado está muito empolgado, mas sabemos que o desafio é grande. Quando se fala em desoneração direta as coisas têm seu impacto, mas há uma compensação direta, até porque quando uma estrutura adentra na área urbana e rural, as transações passam a ser eletrônicas, e fica até mais fácil para o Estado arrecadar”, explicou.
Com a confirmação do plano de incentivos fiscais, a Brisanet levaria até 4 anos para ter um projeto completamente operacional nas zonas rurais, mas seis meses seriam suficientes para construir um “percentual bem significativo” dos equipamentos necessários, de acordo com Roberto.
Repórter Ceará