O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), deflagrou, nesta quarta-feira, 31, a operação “Simulate” no Município de Catarina em face agentes públicos e de empresas que mantinham contratos com a Prefeitura. O MPCE investiga indícios de práticas de peculato, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão pessoal e domiciliar, nas cidades de Catarina, Fortaleza, Aquiraz, Crato, Iguatu e Mauriti. A Justiça autorizou, também, a quebra dos sigilos bancários e fiscais das empresas e gestores investigados. A ação contou com o apoio de promotores de Justiça e da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), por meio do Departamento Técnico Operacional (DTO).
O MPCE investiga a suspeita de que o atual prefeito e o seu irmão, ex-prefeito da cidade, comandariam esquema criminoso em que direcionavam para as mesmas empresas todas as grandes licitações no âmbito da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo do Município de Catarina. No suposto esquema, os gestores também utilizariam servidores da Prefeitura para a execução dos serviços contratados, além de utilizar máquinas locadas pelo ente público em obras e serviços de responsabilidade das empresas, fato que guarda semelhança com o objeto da operação “Tártaro”, deflagrada no ano de 2022, no mesmo município.
O nome da Operação
A Operação recebeu o nome de “Simulate”, do latim, que significa “ter semelhança, copiar, ter o mesmo aspecto”, vez que, após ajustes com os agentes públicos, os empresários participam de licitações, celebram os respectivos contratos e supostamente executam seus objetos sob um manto de aparente legalidade, mas, na verdade, há indícios da existência de simulações.
Repórter Ceará