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Bacia do Banabuiú encerra quadra chuvosa de 2023 com melhor recuperação hídrica do Ceará

A quadra chuvosa de 2023 no Ceará reabasteceu a Bacia do Banabuiú, na região do Sertão Central, e trouxe de volta um cenário de recarga hídrica que não se via há cerca 10 anos. Dos 19 reservatórios monitorados da bacia, sete transbordaram neste ano.

Com boa parte dos seus reservatórios registrando aporte significativo, inclusive, o próprio açude Arrojado Lisboa (o Banabuiú), a segunda maior bacia do Estado se viu em um cenário onde as chuvas que caíram sobre a região foram suficientes para fazerem sangrar açudes como a Barragem de Quixeramobim, o Fogareiro e o Vieirão, que não transbordavam há mais de 10 anos.

A região teve o maior aumento de volume do Ceará em 2023. De 26 de maio de 2022 e 1º de março de 2023, a bacia contava com apenas, em média, com 10,8% de capacidade. Na última sexta-feira, 26, o volume total passou para 41,7%. Considerando 26 de maio do ano passado até o mesmo dia neste ano, o crescimento foi de 324%, de acordo com o Portal Hidrológico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

Segundo a companhia, mesmo sem registros expressivos de precipitações no mês de maio deste ano, cinco açudes ainda permanecem sangrando.

Mesmo com a boa recarga, que garante abastecimento hídrico para os municípios da região por um bom período, açudes como Cedro e Monsenhor Tabosa não tiveram aporte expressivo, finalizando o período chuvoso com 2,06% e 10,10% de capacidade, respectivamente.

Na outra ponta, um dos principais destaques positivos é o do açude Banabuiú, segundo maior reservatório do Estado, que começou a quadra chuvosa com 9,06% de capacidade e encerrou com 41,84%.

Com capacidade total de 2 bilhões, 674 milhões e 600 mil metros cúbicos, a bacia termina a quadra chuvosa de 2023 com reserva hídrica de 1 bilhão, 112 milhões e 880 mil m³, ou seja, 41,61% de seu volume total.

Confira, a seguir, a situação de cada reservatório da Bacia do Banabuiú até essa quarta-feira, 31 de maio:

  • Fogareiro – 100% (118 milhões de m³)
  • Jatobá – 100% (590 mil m³)
  • Patu – 100% (65,1 milhões de m³)
  • Quixeramobim – 100% (7,89 milhões de m³)
  • São José I – 100% (2,24 milhões de m³)
  • São José II – 100% (13,18 milhões de m³)
  • Vieirão – 98,38% (20,36 milhões de m³)
  • Curral Velho – 92,01% (11,20 milhões de m³)
  • Serafim Dias – 78,81% (32,27 milhões de m³)
  • Umari – 73,88% (22,17 milhões de m³)
  • Poço do Barro – 70,21% (36,51 milhões de m³)
  • Capitão Mor – 43,78% (2,63 milhões de m³)
  • Banabuiú – 41,84% (641,79 milhões de m³)
  • Trapia II – 32,92% (5,93 milhões de m³)
  • Pirabibu – 24,12% (17,85 milhões de m³)
  • Pedras Brancas – 20,95% (95,54 milhões de m³)
  • Cipoada – 18,41% (15,85 milhões de m³)
  • Monsenhor Tabosa – 10,10% (1,18% milhão de m³)
  • Cedro – 2,06% (2,6 milhões de m³).

O Ceará atualmente conta com 43 açudes sangrando, dos 157 monitorados. 36 reservatórios estão com volume acima de 90% e cota não superior a cota de sangria e 32 estão com volume inferior a 30%. O Estado está com 51% de sua capacidade hídrica total.

Repórter Ceará (Foto: Reprodução/Deyved Viana)

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