O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para realizar o senso em todo o país, saiu às ruas e avenidas, foi à zona rural e urbana de quase cinco mil e seiscentas cidades da federação.
Quis saber quantas pessoas moram em cada residência, quem são elas, quanto ganham, o que fazem da vida, se sabem ler, escrever, se são formados ou se tem apenas o primário bem feito.
Pois bem; todos sabem e gritaram lá atrás, que o Governo Bolsonaro cortou verbas da educação, ciência, saúde, pesquisa e extensão. O IBGE também não foi poupado em nada, mesmo com essa importante missão para cumprir.
O resultado do senso demográfico no Brasil foi um horror e existem várias controvérsias. Tem município no Ceará, como Catarina, por exemplo, que perdeu quase metade do seu povo. Tem lógica essa estatística? Creio que não.
Com os novos números os municípios perderão arrecadação, pasmem, principalmente nas áreas da saúde e educação, onde mais precisávamos avançar.
Com poucos servidores, com planejamento atrasado e sem condições suficientes para ir a todos os lares brasileiros, o IBGE ainda teve que elastecer um pouco mais os resultados do que encontrou, onde incentivou com uma mídia frágil que era preciso, doravante, que o nosso povo ligasse para informar que os seus recenseadores, não passaram em seu sagrado lar.
Além dos prejuízos com os vultosos recursos que irão desaparecer dos cofres municipais, recaem também na classe política outra peleja a ser discutida.
Se o seu Município encolheu, idem sua população, diminuirá também o número dos seus vereadores com assento na Câmara Municipal. Daí vem o adágio popular: – “A DOR SÓ BATE NO MAIS FRACO”.
O vereador, que nessa nomenclatura trás adredemente associado a DOR em seu nome, embora seja muito criticado, desvalorizado por alguns, é o porta voz direto do povo em casa rincão desse Brasil de brasilinos. É a democracia na prática que, por eles, chega mais célere os reclamos da população.
A União dos Vereadores do Ceará (UVC), liderada por um grande líder político e das massas populares, vereador Toim Abençoado, do município de Umirim, segundo registra o jornalista Macário Batista em sua Coluna no Jornal O Estado desta segunda-feira, vai espernear junto com os seus pares.
É justo; justíssimo! Se o vereador foi eleito para exercer um mandato eletivo de quatro anos, não deu causa ao esvaziamento do IBGE e sua estatística é totalmente posta em dúvida, não poderá ser riscado da lista dos eleitos em plena legislatura.
Finalmente, um famoso dublê de jornalista do Ceará, lendo esse texto até aqui, gritou do outro lado da rua, perto da Banca do Bodim, e eu ouvi:
– “Isso é um golpe tal qual o da Dilma Rousseff, desta feita contra os nossos irmãos vereadores”.
Ele tá certo, certíssimo!
É golpe, é golpe!
