Home Sérgio Machado Quixadá e Quixeramobim precisam investir em turismo e valorizar seus patrimônios históricos

Quixadá e Quixeramobim precisam investir em turismo e valorizar seus patrimônios históricos

Recentemente, circulou um vídeo nas redes sociais da Câmara dos Vereadores de Quixeramobim mostrando o Centro da cidade, com um convite: “Bora junto?”. Essa iniciativa deveria ser a mais básica para a cidade, que não investe o suficiente em turismo, a mesma situação de Quixadá.

Ambas as cidades cresceram rodeadas de história. Por seus personagens, os eventos que marcaram o tempo e a memória, seus patrimônios e suas belezas naturais, tanto Quixadá como Quixeramobim são privilegiadas por terem, em suas mãos, um potencial turístico grandioso que não é aproveitado de forma eficaz.

Quixadá é a cidade das aventuras, a Terra dos Monólitos, da Pedra da Galinha Choca, das trilhas e do voo livre. Mas também é o lugar de Rachel de Queiroz, da Fazenda Não Me Deixes, do Cego Aderaldo, do Açude Cedro e do Santuário Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão.

Quixeramobim é o espaço da história. É a Terra-Mãe do Sertão Central, a terra de Antônio Conselheiro e de Marica Lessa e o lugar que foi precursor da Confederação do Equador. E é dentro da história que estão seus templos centenários, como a Matriz de Santo Antônio e a igreja do Rosário. É destaque a Ponte Metálica; a Casa de Câmara e Cadeia; a Capela Redonda, uma das únicas no mundo, no Cemitério Nossa Senhora do Carmo; a Pedra da Gaveta; a Serra da Baleia; e o próprio Cruzeiro, junto com a Barragem.

São inúmeros pontos que podem ser narrados para mostrar que as duas maiores cidades do Sertão Central esquecem de impulsionar o turismo – seja ele religioso, aventureiro, histórico-cultural, entre outros – com o enorme leque de possibilidades que possuem disponíveis.

Para mudar essa realidade é necessário investir em uma equipe responsável e capaz de produzir mídias para divulgar o que as cidades têm para mostrar. Além disso, há necessidade de investimento para ter um município limpo, com ruas transitáveis, organizado e com opções de hospedagem, alimentação e entretenimento para os visitantes. Isso representaria um aquecimento forte das economias locais e até da região.

No entanto, não é só investir. É preciso valorizar e preservar. As duas cidades possuem uma história rica, com patrimônio material vasto para ser visto, tocado e registrado. Mas é necessário conservar, manter em pé, em ordem e não destruir.

Se um dia os governantes das terras dos Monólitos e do Conselheiro decidirem mostrar as histórias de suas cidades e seus pontos turísticos para atrair visitantes, será uma mudança bonita de se ver e essencial. Encantará o Ceará, o Nordeste e o Brasil, e quem ganha são os cidadãos, os políticos e, principalmente, os municípios e suas riquezas.

Foto: Divulgação/Tripadvisor

Deixe seu comentário:

Please enter your comment!
Please enter your name here