A política, quando desviada de sua essência de servir ao bem comum, torna-se um terreno fértil para a politicagem, um jogo sujo que coloca os interesses partidários acima das necessidades da população. Um exemplo chocante dessa deturpação ocorreu recentemente, em Fortaleza, onde a disputa entre partidos políticos resultou no corte de verbas destinadas a pacientes oncológicos. A negligência com a saúde da população é um sinal claro de que o compromisso com o bem-estar da comunidade é deixado de lado.
O PDT no Ceará cortou verbas destinadas a pacientes oncológicos como parte de uma rixa com o PT. Essa atitude, aparentemente motivada por questões partidárias, demonstra uma falta de responsabilidade e empatia que deveriam nortear qualquer ação política, atingindo diretamente um dos setores mais sensíveis para a população: a saúde. Reduzir o orçamento para pacientes oncológicos é um ato que vai além das disputas partidárias, pois afeta diretamente as vidas e as condições de pessoas já fragilizadas pela luta contra o câncer.
É importante questionar a prioridade dos políticos envolvidos nessa discussão. Quando as disputas partidárias se sobrepõem ao compromisso com a população, é hora de repensar os valores que estão sendo representados. Afinal, a política deve ser um instrumento para melhorar a vida das pessoas, não um campo de batalha onde vidas são colocadas em segundo plano. Essa situação nos leva a refletir sobre a necessidade de uma reforma política que combata a politicagem, com mecanismos que priorizem a transparência, a prestação de contas e o compromisso efetivo com o bem comum.
A população precisa estar atenta e exigir responsabilidade de seus representantes. A omissão diante de atitudes como essa pode contribuir para a perpetuação de práticas prejudiciais à coletividade. Esse caso evidencia a urgência de repensarmos o sistema político como um todo, pois a saúde da população não pode ser refém de disputas partidárias mesquinhas.
Ilustração: Glauco (Glauco Villas-Boas), 1957