O Brasil continua enfrentando desafios na educação. Os últimos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), avaliação internacional aplicada a cada três anos, confirmam essa realidade. Os dados mostram que menos de 50% dos alunos brasileiros conseguem atingir o básico em matemática e ciências, colocando o país abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Um fator que ganha destaque como possível influenciador desses resultados é o uso excessivo de dispositivos digitais pelos alunos. O PISA identificou uma correlação negativa entre o tempo gasto pelos estudantes em dispositivos eletrônicos e seu desempenho acadêmico. Investir em infraestrutura tecnológica nas escolas é importante, assim como estabelecer diretrizes claras para o uso responsável dessas ferramentas.
Outro fator levantado foi o impacto negativo da pandemia nos resultados desse programa. Ela expôs ainda mais as desigualdades sociais existentes no acesso à educação, como a interrupção das aulas presenciais, a falta de acesso igualitário à educação remota e as dificuldades enfrentadas por professores e alunos. Medidas urgentes são necessárias para garantir que todos os alunos tenham acesso a recursos educacionais, independentemente de suas condições socioeconômicas.
O Brasil precisa repensar suas estratégias educacionais, adotando abordagens mais integradas que considerem tanto a tecnologia quanto as desigualdades sociais. Somente com um compromisso coletivo e com ações concretas será possível elevar o padrão da educação no país e posicionar os alunos brasileiros em um patamar condizente com os desafios atuais.
Foto: Mathilde Missioneiro/Folhapress
