Home Fabrício Moreira da Costa O Fogo amigo

O Fogo amigo

Durante a guerra do Vietnã, na década de 60, os americanos cunharam a expressão “friendly fire” (fogo amigo) para caracterizar as situações em que, por erro de inteligência ou pela natural dificuldade de identificar posições no calor de uma batalha, soldados são alvejados por companheiros.

Na política, o chamado fogo amigo, tem o significado e a marca da traição. Ou seja, dentro do próprio grupo partidário, um insurge para baldear a ordem e a linha reta.

O fogo amigo abraça a oposição e ainda leva consigo as estratégias e fragilidades do grupo ao qual pertencia, gerando um caos nas estruturas e fazendo forsosamente os antigos aliados a buscarem novos parceiros.

Se o traidor vencer a primeira atitude é a mais perversa, queda-se ele para perseguir os ex-parceiros. Mas se o jogo for mal desenhado, perde ele doravante duas vezes: nas urnas e na confiança.

De logo, recebe a alcunha de Judas, por entregar os antigos parceiros à sua própria sorte. Essa conduta, como a lei do retorno, o faz na maioria das vezes encerrar sua carreira política que poderia ser promissora, mais precocemente.

O fogo amigo faz vítimas, feridas, e as cicatrizes são eternas; que o digam as lamúrias que percorrem desde às últimas eleições estaduais no Ceará, até os dias atuais.

Entrar para a história com o jargão que o bonito é vencer sempre e de qualquer forma, tem um custo eterno. E nem sempre tem um resultado feliz.

Enfim, parafraseio Leonel Brizola, quando um dia afirmou:

  • A política ama a traição e odeia o traidor.

Pense nisso antes de trair, antes que seja tarde demais.

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