Home Sérgio Machado A farsa da representatividade: quando o poder se sobrepõe aos princípios

A farsa da representatividade: quando o poder se sobrepõe aos princípios

Dos 43 vereadores de Fortaleza, quase metade já está de malas prontas para pular de barco

Foto: JL Rosa

Embora a teoria pregue que os mandatos pertencem às legendas, a realidade do Legislativo escancara a farsa da representatividade. A janela partidária, período em que os vereadores trocam de legenda como se trocassem de roupa (tem que “vestir a camisa”, né?), comprova que o poder fala mais alto do que qualquer ideologia ou compromisso com o eleitorado.

Dos 43 vereadores de Fortaleza, quase metade já está de malas prontas para pular de barco, buscando acomodações em partidos que ofereçam melhores condições para as próximas eleições. A conveniência pessoal se sobrepõe aos projetos políticos, fragilizando ainda mais a democracia e transformando os partidos em meros cartórios eleitorais.

O resultado? Uma Câmara Municipal fragmentada, sem coesão ideológica, onde o fisiologismo impera e as reais necessidades da população ficam em segundo plano. O eleitor, iludido pela falsa promessa de representatividade, se vê traído por aqueles que deveriam defender seus interesses.

Se engana quem pensa que a democracia se sustenta apenas com o voto. É necessário que os cidadãos se mobilizem e participem ativamente da vida política da sua cidade. Cobrar dos representantes o cumprimento de seus deveres e denunciar práticas antidemocráticas como essas são medidas essenciais para fortalecer a democracia.

É urgente repensar o sistema político brasileiro, fortalecer os partidos e punir aqueles que se utilizam da democracia para benefício próprio. O poder emana do povo, e não de siglas partidárias. É hora de devolver o protagonismo ao cidadão e construir um sistema político que represente de fato os anseios da sociedade.

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